Todo mundo já deve ter ficado com uma música, principalmente o refrão dela, presa na cabeça. O canal do YouTube “Vox” explica em um de seus vídeos o porquê de gostarmos tanto de repetições nas músicas.

O vídeo fala sobre o software chamado “SongSim” que o cientista da computação Colin Morris criou para visualizar repetições nas letras de músicas. Basicamente, é uma tabela quadriculada em que cada coluna e cada linha representam uma palavra da letra da música, de seu começo ao fim. As estruturas que estão fora da diagonal principal são as palavras que se repetem na música.

O vídeo explica que é possível contar pelo menos 5 tipos de repetições diferentes durante a música e que, normalmente, as partes mais repetitivas são as “bridges”, ou seja, a parte que antecede o refrão.

Um dos exemplos que Colin usa é a música “Bad Romance” da Lady Gaga, afirmando que é incrível o fato da cantora ter inserido tantos tipos de repetições diferentes em uma música só. A música foi lançada em 2009 e, desde então, as canções têm se tornado cada vez mais repetitivas, o que muitos julgam ser falta de criatividade já que não é um grande desafio para o artista. As músicas da Carly Rae Japsen são exemplos de letras repetitivas (até demais).

Essa crítica, porém, vem de anos atrás quando o compositor Ferdinand Praeger disse que os poetas não repetem suas estrofes, que os novelistas não repetem seus capítulos. Então por que com a música seria diferente? O que a Elizabeth Margulis (diretora do Laboratório de Cognição de Música na Universidade de Arkansas) responde é que há uma certa sonoridade no discurso da repetição.

Para provar isso, Margulis estudou uma música do compositor Elliot Carter que não possuía nenhuma repetição, mostrou a um grupo de pessoas a versão original e depois uma versão editada com repetições inseridas nela. O resultado foi que a maioria das pessoas preferiu a versão com repetições.

O vídeo mostra também que as repetições são mais comuns nas músicas do pop, mas que não é uma coisa ruim: além de deixar a música memorável, ela reforça a mensagem central que a música quer passar.

quando eu não to escrevendo, to assistindo friends