Sinapse por Christian Michelassi, 26/01/2010.

Primeiro dia de #CParty. Vale aqui uma nota sobre a organização do evento, o qual é patrocinado pela Telefonica, a tão famosa Telefonica que causa transtornos nas vidas dos usuários não só de Internet, mas também de telefonia. O Campuseiro é bem recebido com filas. Filas para credenciar, fila para cadastrar os equipamentos. Isso sem contar que a fila crescia porque os atendentes estavam sem conexão a internet.

Devido a esses problemas, a equipe do Newronio perdeu algumas palestras e debates que pretendia assistir, mas a única que deu para acompanhar valeu a pena. Mesmo que por streaming, o que na verdade é melhor do se unir a aglomeração que se forma em volta da bancada.

No debate com podcasters, o assunto passou por relevância de conteúdo e até pelo sempre discutido  ‘como monetizar’.

O podcast já foi explicado aqui no Newronio nesse post, mas vale lembrar algumas de suas características:

– É um programa de voz, que transmite um conteúdo qualquer.

– Para ouvir, ou você baixa direto do site, da Apple Store ou do cadastro do feed.

– É um meio que permite grande interação com o usuário.

E esse último ponto que é um dos mais importantes. Diferentemente dos meios tradicionais, nos quais existe pouca interação o conteúdo do podcast pode ser inclusive inteiramente formado por sugestões dos ouvintes, seja por uma lista de discussão (Podbility) ou quadro de emails (Rapadura).

Outro ponto que sempre surge ao falar de um podcast é a audiência: Por ser um meio novo e não tão explorado, a cobertura de um programa não é tão grande e isso faz com que os clientes das agências não se interessem em investir nesse formato comercial que dá certo, sim, desde que a marca e o podcast trabalhem com o mesmo perfil. Aliás, isso não é diferente em relação aos meios tradicionais.

Outro problema são os feeds, que nesse aspecto da audiência lembra muito os meios tradicionais. Assinantes de feeds nem sempre ouvem o podcast, mesmo que estejam cadastrados e recebam o programa em seu leitor. E isso é justamente a mesma coisa que os telespectadores fazem quando ligam a TV e usam a internet.

Enfim, meios tradicionais e digitais apesar de tanta discussão, e apesar de várias diferenças, acabam mostrando que tem aspectos em comum, o que não facilita o trabalho do profissional de mídia ou conteúdo, já que, se nem nos meios tradicionais conseguimos resolvê-los, nos novos meios o trabalho parece ser mais árduo.