Não é novidade que o Japão é cheio de particularidades culturais que são, para a maioria dos ocidentais, absolutamente randômicas e bizarras.
Alguns desses casos tomaram mais destaque nos últimos anos, como as subculturas das Lolitas e Gyaruo, mas o mais incrível é que cada vez mais e mais grupos de fora do Japão se inspiram na cultura nipônica para formar seus gostos e manias.
Os wapaneses, uma união das palavras white e japanese, são pessoas caucasianas que, por diversos motivos, decidem adotar o Japão como sua terra natal, embora a imensa maioria deles sequer tenha pisado em qualquer uma de suas ilhas.
Podem apresentar diferentes níveis de adoração, desde serem viciados em animê e gostarem de praticar cosplay até aprenderem a língua japonesa e acreditarem que a grande maioria dos aspectos da cultura ocidental são inferiores aos da nipônica.
Mas, como nada se resume a apenas um lado da história, os japoneses inverteram essa adoração e criaram sua própria versão, mas de maneira muito, muito mais estranha (como
quase tudo no Japão).
Os B-Stylers são um exemplo extremo dessa adoração da cultura norte americana. Eles gastam centenas de dólares em salões de bronzeamento artificial e horas a fio para texturizar seus cabelos naturalmente lisos, além de usar roupas e frequentar festas inspiradas no Hip Hop.
O que torna ainda mais legal essa história toda de interação cultural Japão X Estados Unidos é que existem projetos em que representantes das duas culturas se esforçam para trabalhar juntos a fim de criar híbridos culturais realmente interessantes.
O animê Afro Samurai, que foi adaptado de um mangá com o mesmo nome, é recheado de referências ao hip hop e teve até sua trilha sonora produzida pelo rapper RZA, membro do Wu Tang Clan, um dos melhores grupos de hip hop dos EUA.
Como se isso não bastasse para tornar Afro Samurai imperdível, a voz do protagonista e seu amigo imaginário foram dubladas na versão americana por ninguém menos que Samuel L. Jackson.
É, parece que as fusões culturais entre esses dois países tem potencial para continuar impressionando e surpreendendo tanto ocidentais quanto orientais.
Ana Helena Blanes
Amante do randômico, procrastinadora profissional.
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