Parece que os chineses não são bons só em cópias de acessórios e todos aqueles outros aparelhos e bugigangas. Eles andam imitando, incrivelmente, até monumentos famosos de cidades como Londres, Paris, Veneza e Amsterdã. Aparentemente, anda faltando criatividade aos chineses para os seus projetos de urbanismo. Mas, todas essas reproduções – e imitações – além de impressionantes, guardam motivações diferentes.
Ao contrário do que pode ser observado em Las Vegas, em que as cópias são, exclusivamente, para atrair turistas sem utilidade de fato, as imitações chinesas surgiram de uma tendência intensificada na China nos anos 1990 em que a demanda imobiliária, juntamente com as reformas políticas e econômicas, deram um impulso a mais para o fenômeno. Isso pode ser justificado, de certa forma, pela vontade do país de se mostrar capaz de construir monumentos iguais ou muito parecidos aos famosos do ocidente.
Muitas das reproduções arquitetônicas – para não dizer todas – copiadas pelas cidades da China tem um certo glamour reconhecido mundialmente. O canal artificial, que imita as redes de canais da cidade italiana no residencial “Venice Water Town”, na cidade Hangzhou, por exemplo, foram projetados para atrair a nova classe A do país que busca por status e um estilo de vida próximo ao ocidental. Isso nos faz pensar: será que todos esses monumentos plagiados não buscam reproduzir os costumes desses lugares copiados?
Acreditem, essa imagem é a do canal artificial da cidade chinesa, que oferece até um passeio de gôndola.
É claro que a Torre Eiffel não podia ficar de fora. A réplica chinesa do monumento mais famoso da França está localizada no condomínio de Tianducheng, na mesma cidade, Hangzhou, que ainda conta com uma semana de cultura francesa, incluindo culinária e costumes típicos. Então, será que falta criatividade ou sobra vontade de aproximar as culturas diferentes?
Thames Town é outra cidade que aderiu às réplicas, desta vez ao estilo de vida inglês, copiando até os guardas. Essa cidade-satélite faz parte de um projeto de 2001 que visava descentralizar a população de Xangai, junto com mais outras oito cidades buscaram nas cópias uma estratégia.
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