Já faz muito tempo que tanto longa-metragens quanto séries desenhadas por estúdios japoneses, chineses e coreanos impactam nossas vidas mesmo sendo de outro continentes. Os trabalhos são sensíveis e tocantes, e cada linha dos desenhos é feita com a delicadeza de quem ama o que está fazendo. As histórias de filmes como A Viagem de Chihiro (2001) e de animes como Avatar: A Lenda de Korra (2012) marcaram não só as vidas dos países de onde vieram, mas do resto do mundo, que se comoveu junto dos seus personagens.
Pois então. O próximo sucesso intercontinental que promete tocar nossos corações já apareceu, e ele esteve sendo produzido por mais de 10 anos antes de ser encontrado na internet por financiadores. Ainda sem tradução, o filme Big Fish & Begonia foi criado na China, e mistura o folclore da região com tudo que a gente ama sobre animações asiáticas, numa pegada mais voltada para um público adulto, segundo os roteiristas.
O filme se passa todo num reino místico debaixo do nosso mundo: o chão do nosso oceano é o céu dos personagens. A protagonista, Chun, é mística como o lugar em que vive, e se transforma numa espécie de golfinho vermelho para mergulhar no mar e explorar o mundo dos humanos como parte de um ritual do seu povo. No entanto, em sua viagem, Chun acaba trazendo um jovem pescador para o mar, que por acidente se afoga. Consumida pela culpa, a garota pede ajuda a um demônio capaz de ressuscitar o garoto, porém dentro de certas condições. A história como um todo gira em torno de uma lenda chinesa datada de 300 A.C cuja ideia principal é que “alguns peixes não devem ser presos, porque pertencem ao céu”, e também se inspira em um ditado popular que é traduzido para algo como “os céus têm suas próprias regras”.
Só na China, o filme já rendeu 90 milhões de dólares de bilheteria. Não é nenhum Estúdio Ghibli, mas o filme já mudou a perspectiva dos estúdios de animação chineses, que antes não tinham tanta credibilidade, mesmo com A Lenda de Korra.
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