Banksy contagiou gerações com seu trabalho de grafitti em estêncil que estampa ruas ao redor do globo, suas obras sempre se caracterizaram pela forte crítica social e política que resguardam. O britânico é um dos poucos artistas populares que, mesmo mantendo sua identidade em segredo por tanto tempo, continua se reinventando da forma mais extraordinária possível.
Nunca falhando em surpreender o mundo, Banksy deixou todos sem palavras diante do seu último projeto: Um navio de resgate de imigrantes no Mediterrâneo, financiado por ele.
Batizado de Louise Michel em homenagem a uma anarquista feminista francesa, o navio saiu sigilosamente do porto espanhol de Burriana no dia 18 de agosto, e agora está viajando pelo Mar Mediterrâneo.
A embarcação, um antigo barco da Marinha francesa, é comandada e tripulada por uma equipe de ativistas europeus e profissionais de resgate. O Louise Michel foi colorido por um rosa vibrante e apresenta uma obra de Banksy: uma pintura de uma criança em um colete salva-vidas alcançando uma bóia de segurança no formato de coração (fazendo referência à obra “Garota com Balão”). O artista se envolveu com a missão de resgate em setembro de 2019, quando entrou em contato com Pia Klemp, ex-capitão de várias embarcações de organizações não governamentais que resgataram milhares de refugiados nos últimos anos.
No entanto, Louise Michel permanece na procura de um local seguro para deixar os passageiros ou transferi-los para um barco da guarda costeira europeia, já que muitos países se recusam a abrigá-los. E, por melhor que tenha sido a iniciativa, ainda não foi suficiente para suprir a crise: No último fim de semana o navio de Banksy sofreu com superlotação, cerca de 150 pessoas resgatadas foram transferidas para o Sea Watch 4 no sábado, depois que o navio ficou tão sobrecarregado que não conseguia se mover com segurança.