A Era Medial, ou Era das Trevas para os mais íntimos, foi marcada por muito poder da Igreja perante o povo e a economia. Muito disso foi atrelado ao de medo que foi instaurado, pelo clérigo, sobre o Inferno como um local amaldiçoado e traiçoeiro.

Cheio de bestas, demônios e um sofrimento eterno, o Inferno foi representado por vários artistas e formas, através da literatura e principalmente da arte em uma época que o mundo ainda era muito dicotômico. Repleto de medo de pragas e condenação, dessa forma ir ao culto e pagar seus dízimos parecia uma excelente opção para a população, mas como isso se instaura nos dias de hoje?

tumblr_n3mmwg3gCK1rqxd5ko1_1280Hell’s cauldrons Missal of Raoul du Fou, Normândia, final do séc. XV

O pintor alemão Dominik Schmitt achou através de sua arte uma nova representação para o que podemos imaginar de um “inferno possível”. Suas pinturas são uma mistura de animais antropomórficos com outras composições grotescas que nos fazem ter tanto medo como um camponês do passado. As telas são uma mistura de tinta e colagem de vários materiais, mas principalmente artigos de jornal sobre assassinatos

Para criar o artista gosta de se trancafiar em seu estúdio, no sul da Alemanha, e apenas decide sair de lá quando suas obras infernais já estão prontas para exposição.

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Se não bastasse o horror criado através das telas, ele se atreve a fazer animações que levam suas figuras como protagonistas em histórias tão perturbadores quanto os nossos maiores pesadelos.

Confira sua animação Die Heilung, A Cura em alemão.

Acreditando ou não em Céu ou Inferno, ver as obras de Dominik já é motivo suficiente para ter um pouco de medo do oculto.

Com o pé na estrada e a cabeça na lua.