Parafraseando outro redator do nosso querido Newronio: “já lhe adianto que é extremamente pessoal, portanto, espero que entenda que é baseado na minha única e humilde opinião.” 

Steven Spielberg, também conhecido como “O melhor diretor da história de Hollywood” por mim, mostrou mais uma vez sua capacidade genial de dirigir e produzir um filme com “Os Fabelmans” (2022), sua autosemibiografia, capaz de me tocar mostrando o jovem diretor em sua infância apaixonado por cinema, porém, não foi por nada do que vi nesse capítulo da sua história que me fez apaixonar pelo diretor pela primeira vez. 

Poderíamos passar horas falando de seus principais filmes, entretanto, o que o coloca no Santo Graal da história do cinema é o número de vezes que, de alguma maneira, Spielberg revolucionou o cinema mundial: primeiro com “Tubarão” (1975), em que o próprio diretor foi advogado de uma distribuição simultânea em todo o E.U.A., fato, até então, inédito pois as películas escoavam dos principais polos para as pequenas cidades ao longo do tempo, e lembrando que o mundo até então engatinhava nos conceitos de globalização. O resultado fala por si só: um sucesso estrondoso de bilheteria, mesmo o filme obtendo péssimos resultados de crítica, e uma revolução na maneira de se distribuir filmes que dura até os dias de hoje.

A sua segunda revolução vem com ”Parque dos Dinossauros” (1993), no qual o já consagrado e inovador Steven, mostrou ao mundo as possibilidades do CGI, e como eles podem ajudar a construir mundos inteiros sem a necessidade de contratar um dinossauro para contracenar com Sam Neill. Mais uma vez, o resultado da obra do diretor continua a afetar o cinema até os dias de hoje: se hoje podemos ver super-poderes, alienígenas azuis e destruição de mundos na tela é porque houve dinossauros antes (soa até um pouco como a história do mundo).

Eu poderia passar dias escrevendo a importância de tudo isso e até falar como Steven discutia termos como inteligência artificial 20 anos antes de se tornar mainstream, porém, o que mais me fascina por ele, é sua capacidade de fazer tudo isso contando histórias, com as mais diferentes técnicas e em todos os gêneros.

Talvez os menos familiarizados com a importância dentro e fora das telas de Steven possam caracterizá-lo como um diretor típico de Hollywood, com filmes blockbuster de aventura e com alguns “fracassos de crítica”; é importante mostrar o quanto esse homem foi capaz de mudar não só o que estava dentro da tela, mas, também, o que estava fora dela (e arrisco dizer que se creditam a invenção do cinema aos irmãos Lumiére, deveriam compartilhar estes créditos com Steven Spielberg, o homem que o reinventou).

Dito tudo isso, após assistir Os Fabelmans, posso afirmar que me apaixonei por Steven pela segunda vez.