Hoje em dia com um computador e internet, alguns cliques e teclas é possível criar quase qualquer peça gráfica. Pôsteres, flyers, cartazes, jornais, revistas, livros são simples e quase sempre bastante fáceis de fazer.

Mas nem sempre foi assim.

Antes do computador as coisas eram todas feitas à mão. Ilustrações não podiam ter nenhum erro e só podiam ser usadas depois de secarem. Textos eram recortados, às vezes letra por letra, e encaixados e alinhados com régua e esquadro. Colar tudo isso envolvia produtos altamente tóxicos e bem pouco recomendados para saúde.

Aliás, cortes nos dedos e náuseas devido a vapores venenosos eram parte da rotina. Ser designer gráfico era para gente casca grossa.

print_certa(capa da revista americana Print, fazendo alusão a uma cena bem comum do dia a dia)

Era preciso ter habilidade técnica para lidar com as demandas do dia a dia e muita, MUITA paciência. Já parou pra pensar que você só teria uma ideia de como tudo que foi pensado funcionaria quando visse a coisa toda pronta? Ou isso ou se gastava quase o mesmo tanto de tempo elaborando um “boneco”, uma versão mais rápida e simples só para consulta e apresentação.

Está em fase de captação de recursos no Kickstarter o documentário  “Graphic Means”, sobre essa vida antes do computador e um pouco dela durante os primórdios da informática.

Era uma época diferente e um tanto menos aberta a todo tipo de experimentação (pois consumia tempo) e pessoa (pois algum conhecimento técnico era necessário). O famoso designer Milton Glaser define bem: “O computador está para o design assim como o microondas está para a culinária”.

Ou seja, é uma forma mais rápida de fazer as coisas mas possui bem menos versatilidade, podendo destruir completamente o ar “humano” de uma peça.

 

Minha barba. Minha vida.