Nos primórdios da propaganda, tudo era muito funcional. Textos longos com imagens meramente ilustrativas descreviam os produtos ou serviços a serem vendidos. Com o tempo, a criação começou a tomar mais força e dominar as mensagens a serem passadas. As clássicas propagandas da Coca-Cola, por exemplo, vendiam muito mais um estilo de vida do que um produto em si em artes que marcaram um estilo de vendas e a sociedade como um todo até hoje. Posteriormente, o planejamento estratégico começou a ser implementado no sistema das agências e balanceou-se a criação e a racionalidade, embasando a publicidade e fundamentando o que, algumas décadas depois, conhecemos como a publicidade atual. Em algum lugar ao longo desse tempo, as coisas ficaram… Estranhas.

Para alguns, nonsense. Para outros, criativa. Em um mundo onde a reprodução de imagens, ideias e a necessidade da criação de conteúdo (o bendito conteúdo) são cada vez mais imperativas, o risco de se cair na mesmice aumenta a cada segundo que passa e a cada “share” que é feito. Por mais controversa que seja, a publicidade estranha é essencial para manter viva a graça e a inventividade no meio.

Dividindo racionais e incompreendidos, de tempos em tempos somos presenteados com alguma peça publicitária que vende um produto e deixa apenas um sentimento na cabeça de quem assiste: o sentimento de ?.

A propaganda da vez é a da Skittles, criada pela DDB Chicago para o Dia das Mães. Afinal, amor de mãe é pra sempre.

Não há muito o que dizer sobre. É estranho. É diferente. Se alguém faz, é porque funciona. Provavelmente.

Texto de Felipe Ritis.

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