A vida de um fazendeiro é tão distante do cinema, e quando rapidamente aparece, tende a ser uma imagem extremamente estereotipada (Hannah Montana nunca foi caipira). O diretor Francis Lee se comprometeu em mostrar com fidelidade a vida no ambiente rural em sua nova produção God’s Own Country.

Parte de sua inspiração veio da infância de Francis, que viveu durante muito tempo em Yorkshire Dales (onde o filme foi gravado), mas o autor afirma não ter tido nenhum caráter biográfico nos personagens.

A narrativa não-romantizada parece ligeiramente simplista, até que você adentre na profundidade das discussões acerca da masculinidade, solidão, amor e esperança. A direção também quebra as expectativas ao retratar um casal homossexual, mas que não enfatiza nisso em nenhum momento, o filme é uma história de amor universal.

A história gira em torno de Johnny, um fazendeiro que tem a responsabilidade, imposta culturalmente, de cuidar de toda a família, já que uma doença impossibilitou o pai de trabalhar. A trama se entrelaça com a chegada de Gheorghe, que foi contratado para ajudar nos afazeres. A interação entre os dois cria infinitas novas possibilidades que desestabiliza Jonny, passando a rever toda a sua concepção de ser.

Em meio a uma direção de arte impecável, pelas mãos de Pedro Moura e Celina Norris, o filme já ganhou prêmios nos festivais de cinema Sundance e Edimburgo e seu lançamento internacional está programado para hoje (01/09).

eu causei desgosto pro enem, mas to aqui.