#newronioentrevista por equipenewronio

 

 

Na segunda parte da entrevista, o professor Vince Vader fala sobre seus trabalhos fora da faculdade. Também fala sobre o mercado digital e de games e finaliza dando dicas para quem quiser seguir carreira por essa área.

Game é coisa de adulto.

Além de dar aula, em quais tipos de outros projetos você tem trabalhado? Como sempre: estou desenvolvendo games. De julho do ano passado até janeiro deste ano participei, junto com a .mob e a produtora monsterjuice, de um game para o comediante Danillo Gentili. Fiz o roteiro para esse game que felizmente está tendo vários downloads. Além disso, ganhamos o prêmio de melhor game mobile na Brasil Game Show. Em outubro do ano passado saiu meu jogo de tabuleiro, o YN – que mistura dominó com dados, um produto bastante diferente. Está pra sair em maio ou junho o Pyramiz, a continuação desse game.

Jogo de tabuleiro de Vince.

            E finalmente tomei vergonha e comecei a escrever um livro sobre game design. Vou lança-lo de forma independente: imprimir apenas algumas edições e disponibilizá-lo na internet para downloads. A ideia não é ganhar dinheiro, e sim disseminar conceitos que estou estudando. Até pra que isso de alguma maneira vire palestras, workshop ou qualquer outro tipo de produto – assim como um músico que dá o mp3 de graça para depois fazer shows.

O gaminconceptz aborda um aspecto mais acadêmico dos games. Game já virou coisa séria? Que tipo de oportunidades isso gera para o mercado? Comecei o gamingconceptz em setembro do ano passado, a inspiração veio de um congresso que participei na Holanda quando travei contato com um pessoal da universidade de Antuépia (Bélgica) e trocamos algumas conversas que me motivaram a montar o blog. Ele é escrito em inglês, justamente para manter contato com outras universidades. Seu propósito é estudar os conceitos de game aplicados à educação, saúde, novos negócios, tecnologia, treinamento empresarial e o game na sociedade sob o aspecto da contemporaneidade. Sim, o game é coisa séria, e nesse blog estou tentando mostrar a junção do entretenimento com o aspecto acadêmico.

O Brasil já provou que é forte na propaganda. Pode-se dizer o mesmo da área digital e de games? O digital é muito forte. Temos várias agências premiadas e ações excelentes também premiadas. Especificamente falando de games: ainda não temos uma indústria formal, mas já temos um destaque muito grande na área mobile. Com a possibilidade do download para outras partes do mundo, alguns títulos brasileiros ganham bastante destaque…

E esses aplicativos tem bastante alcance aqui dentro? Sim. Hoje, se não me engano, temos aproximadamente 20.000.000 de smartphones do Brasil e mais de 200.000.000 de linhas de celular ativas. E os games também são explorados nesse mercado.

Você indica aos alunos da ESPM que querem trabalhar nessa área que saiam do Brasil para começar carreira? São dois focos diferentes: quem quer trabalhar com desenvolvimento de jogo de console e computador tem que ir pra fora mesmo, essa indústria não existe no Brasil; já quem quer trabalhar com advergame ou aplicativo pra publicidade deve ficar por aqui mesmo, nossa indústria está se consolidando bem.

Sigam o @NewronioESPM e o @vincevader.

Henrique passa as manhãs dos dias de semana na ESPM, as tardes dos fim de semana tocando música e as noites de terça vendo a Portuguesa no Canindé.