Se você acabou de sair de uma caverna, eu lhe apresento nosso mundo de hoje: aqueles inalcançáveis seres que habitavam as telonas de cinema, lotavam estádios, ganhavam milhões, estampavam capas de revistas estão perdendo, ou pelo menos, começando a dividir seu espaço com jovens desbocados, com características marcadas pelos exageros, que são bombardeados de likes nas redes sociais. Bem-vindo ao mundo das celebridades da Internet.
Composto majoritariamente por vloggers, essas pessoas estão transformando a indústria da publicidade. Por criarem com seu público um grande laço afetuoso, graças à proximidade que podem ter via internet com sua audiência, conseguem fazer anúncios se assemelharem a recomendações de amigo, ou seja, são muito mais aceitas do que um comercial na televisão.
Isso tem gerado uma alta demanda por parte dos anunciantes para influenciadores que se alinhem o máximo possível ao seu target. Apesar de estarmos vivendo um boom de criadores de conteúdo aqui no Brasil, não é assim no mundo inteiro. Em Israel, por exemplo, essas webstars não existem. Na verdade, existe uma única grande vlogueira de moda e beleza, Ashley Waxman Bakshi, com 3 milhões de mulheres ávidas por conteúdo novo.
Foi criada, então, pela Super-Pharm (uma loja cujo conceito básico é a união de farmácia, drogaria e, principalmente, perfumaria) em parceria com o Google e YouTube, a Vlogger Academy, que pretende ensinar e nutrir a primeira geração de vloggers de beleza do país, feitas sob medida pelas marcas.
Aqui no Brasil, foi criada também pela youPix em parceria com a Co-creators a Creator’s Home, um espaço na Vila Madalena para criadores e influenciadores digitais que pretende ser um “hub de criatividade”, focado em marcas e escola de youtubers. Essa parece ser uma tendência em processo de consolidação. A escola Pueri Domus, em São Paulo já tem um projeto para ensinar seus alunos a tocarem seus próprios canais. E a pergunta que não quer calar é: e aí, meninas, tudo bom?