Morte de um ídolo, morte de um fã

#Comportamento por Ian Perlungieri

Tudo na vida tem um fim. Inclusive você! Sendo assim, devemos usufruir a vida ao máximo com a consciência de que seremos, algum dia, lembrança de outras pessoas.
Muitos têm medo. Alguns não, pois acreditam que depois irão para algum paraíso celestial enquanto outros também não apenas por terem pleno reconhecimento de que a vida acaba.

Olhem por 10 segundos fixamente para a terra. Depois fechem os olhos, olhem para a parede e fiquem piscando os olhos rapidamente.

Porém a maioria das pessoas acha a morte algo triste. Sim, infelizmente você não irá mais falar com aquela pessoa, entretanto ela ainda está viva em nossa memória, mas ignorando a história pessoal de cada um, por que a morte de ídolos como Michael Jackson e Elvis Presley abala tanto a população mundial? Por que as pessoas que nem sabiam o nome do ator de “À espera de um milagre” ficaram chateados quando souberam da morte de Michael Clarke Duncan? Por que sinto tanto a falta de Leslie Nielsen?
A teoria: não ficamos chateados com a morte dos famosos, e sim, com a nossa própria morte. Quando uma pessoa que, de certa forma, fez parte da sua vida vem a falecer, a sensação é de que um pouco de sua vida desaparece. Você se lembra de que não tem mais tempo para assistir aos filmes daquele ator porque não tem mais o tempo que possuía quando estava no Ensino Médio. Aquele músico que você acompanhou desde o começo da carreira jamais tocará outra música e as músicas dele que ouvirá, a partir de agora, serão sempre as mesmas, trazendo para sua memória lembranças de uma época que já passou. Melancolia, saudade e tristeza quando a vida de pessoas que desconhecem sua existência acaba.
A verdade: ninguém sabe. A morte é um mistério, mas a vida, com o comportamento humano e outras particularidades, é muito mais misteriosa que qualquer outra coisa.

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