Colossal promete ser um dos mais estranhos e interessantes filmes de 2017.

Misturando uma sensação indie com monstros gigantes, Nacho Vigalondo expõe questões humanas com figuras místicas de forma inusitada.

Anne Hathaway interpreta Gloria, uma alcoólatra que, depois de ser expulsa de sua casa por seu namorado (Dan Stevens), volta para a cidade onde vivia na infância e tem de lidar com os efeitos de seus hábitos.

colossal-poster2

Após noitadas com seu velho amigo Oscar (Jason Sudeikis), Gloria percebe que suas bebedeiras não têm consequências apenas para si mesma. Um monstro gigantesco que atacava Seoul 25 anos antes, mas desaparecera tão rápido quanto tinha aparecido, reaparece e está estranhamente conectado com a protagonista.

A metáfora para o alcoolismo é clara, mas não deixa de ser efetiva, mostrando as repercussões muitas vezes destrutivas do que Gloria vê como forma de evitar o tédio na cidade monótona para a qual se muda.

Colossal expressa o monstro que o vício traz à tona, com o humor negro que tão raramente coexiste com criaturas gigantes.

De grão em grão, tanto bate até que fura.