O famoso livro autobibliográfico, antes proibido, “Mein Kampf” (Minha luta, em português) será publicado novamente após 70 anos. Isso ocorreu depois que a obra caiu em domínio público e assim foi editada pelo Instituto de História contemporânea de Munique.
A nova versão conterá alterações afim de desmistificar o texto, provando que ele é incoerente ao invés de sedutor e poderoso, segundo os editores da edição. Mesmo sendo uma decisão polêmica, alguns judeus e historiadores concordaram com a republicação como forma de alerta.
Aqueles que discordaram da ação do Instituto de História, acusam o péssimo timing para certo assunto vir à tona. O cenário atual está repleto de conflitos, crises de refugiados e aumento do fascismo no mundo.
Com isso, a Ogilvy Berlin propôs um rebate à publicação. A agência materializou 11 livros, com o mesmo conceito do livro de Hitler, para uma campanha de conscientização. Cada obra contém a história de pessoas que foram vítimas de intolerância e xenofobia.
O projeto chamado de “Mein Kampf gegen Rechts” (My Struggle Against Racism), mostra seus personagens na capa, como Irmela Mensah-Schramm, uma senhora que dedicou sua vida a apagar grafites pró-nazistas. Em seu depoimento ela conta “I remove graffiti. Because I want to destroy hate”.
A iniciativa da agência iniciou um grande debate na mídia da Alemanha. 1 euro de cada livro vendido foi revertido para a ONG Gesicht Zeigen, dedicada a combater injustiças sociais.
Texto de Letícia Bufarah
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