#ÁreaDeEstudos por Camila

Um estudo para identificar o consumo midiático dos jovens universitários da classe C pode revelar uma situação bem mais complexa sob o ponto de vista dos pesquisadores, uma vez que são criados estereótipos sobre os hábitos deste perfil de público. Um olhar superficial poderia intuir que são adotados principalmente o Orkut e o Messenger, que as “lan houses” são usadas para se conectar à internet (o que sugeriria, portanto, que estes jovens não passam o dia inteiro conectados), entre outras alternativas. De fato, sabe-se que o Facebook não é mais privilégio de uma elite e a classe C possui computador e internet em casa.

A miopia, no caso, partiria da visão comprometida de quem, por exemplo, viveria na pequena “Manhattan”, chamada centro expandido de São Paulo, acreditando viver numa realidade diversa e cheia de possibilidades, e quando avalia o outro, enxerga com a sua visão de mundo e com os próprios estigmas – o que não funciona. Para que qualquer análise esteja isenta e correta, é preciso sair deste microcosmo pessoal, e começar a ver com os outros olhares e conhecer a verdadeira realidade. Pode ser só o começo, mas o crescimento da classe C já é real e definitivamente não se pode ignorar tal fato. Quebrando as barreiras de classe, abre-se espaço para um ótimo e recíproco aprendizado.

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