Mark Knopfler, ex-líder dos Dire Straits e um dos maiores guitar-hero que esse mundo já viu, lançou em meados de março o seu sétimo álbum solo: Tracker.

Junto do álbum, foi disponibilizado em seu canal da VEVO um filme dirigido por Henrik Hansen (que tem no currículo trabalhos para a Ford, Asics, Lacoste e vários outros)  onde vemos Knopfler falando de algumas memórias antigas, como o garoto “Basil” que inspirou a canção presente no álbum, fazendo reflexões sobre o tempo e falando sobre suas intenções como compositor.

A seguir, o filme completo.

Como ele mesmo afirma no vídeo: “As canções saem pela porta e passam a ter vida própria”, e ao ouvirmos o álbum, nos deparamos com uma atmosfera quase folclórica em algumas canções como “Laughs and Jokes and Drinks and Smokes” e “Mighty Man” além de baladas introspectivas como “Basil” e “River Towns” em um álbum que prova a cada faixa que Knopfler ainda tem muito o que cantar e dizer.

As canções têm um ar trovadoresco – a maioria conta uma história ao longo das longas letras – e contam com os arranjos todos permeados pelo inconfundível (e inacreditável) timbre de Fender Stratocaster que só ele é capaz de tirar. E vale lembrar: Knopfler resolveu gravar TODAS as linhas de instrumentos e vozes presentes no álbum em fitas, como se fazia antigamente.

Sem mais delongas, o Tracker completo:

Por último, um vídeo em que Knopfler comenta o álbum faixa-a-faixa e executa alguns trechos das canções desse álbum que é tão bom quanto o Sailing to Philadelphia, um de seus mais aclamados trabalhos solo.

Em um cenário musical com várias novidades (mas que no fundo não tem nada de novo), é sempre válido que os tótens de décadas atrás (e que continuam sendo grandes ícones) voltem/continuem com trabalhos representativos, principalmente reinventando fórmulas e mostrando que ainda tem muito, muito pra dizer.

Tracker é mais uma lição valiosíssima de Mark Knopfler.

Sai sempre de casa com uma palheta, uma câmera e um livro.