Nesse mês foi anunciado o lançamento do remake para 3DS de The Legend of Zelda: Majora’s Mask, segundo e último game da série para o Nintendo 64, lançado em 2000.
O game ainda hoje é eclipsado por seu “irmão mais velho” The Legend of Zelda: Ocarina of Time, presença quase garantida no topo de todas as listas de melhores games da história e até melhor trilha sonora de games.
Bom, mas voltemos ao Majora’s Mask. O game é o sexto da série e o primeiro que não se passa no característico mundo de Hyrule, uma das marcas de todos os outros jogos.
A história se passa após os eventos de Ocarina of Time, quando Link é acometido por uma maldição e transportado para uma cidade em um mundo desconhecido pelo misterioso Skull Kid, um ser zombeteiro que usa uma estranha máscara.
Passeando um pouco pela cidade, nosso herói descobre que uma das brincadeiras do mesmo Skull Kid colocou todo o mundo em perigo: a lua está caindo e vai acabar com todos.
É a primeira vez que em Zelda em que o objetivo do herói é lutar contra o extermínio de um mundo inteiro. Frente a isso, o reinado de um mago cruel parece até brincadeira.
Não contente com a destruição iminente, somos lembrados o tempo inteiro do terrível destino: a lua, com uma cara bem pouco amigável, está sempre nos encarando e, a cada dia que se passa dentro do game, mais próxima.
Em 3 dias tudo acabará. Cabe a Link impedir o desastre nesse curtíssimo tempo. Por sorte, os poderes da Ocarina do Tempo não sumiram, então o herói sempre pode usá-los para retornar ao exato momento em que chega no mundo.
A grande inovação desse jogo, que se mostra interessante e diferente até hoje, e também um dos maiores desafios é justamente a passagem de tempo. Cada personagem do jogo têm uma rotina e diferentes eventos ocorrem somente em horários específicos. Alguns objetivos só podem ser completados em minúsculas janelas de tempo em um dia específico.
É interessante como o mundo inteiro funciona como um gigante relógio, cabe ao jogador explorar e anotar horários (seja no diário dentro do jogo ou em inúmeras folhas de papel) o momento em que casa coisa acontece.
Quando esse horário passa e determinada tarefa não foi concluída, só resta voltar no tempo e começar tudo de novo. Ação que era motivo de frustração para muitos, muitos jogadores. Mas que também dá ao game seu caráter tão único.
Os personagens também são os mais estranhos da série: dançarinas exóticas, senhoras idosas que lêem histórias para seus filhos e maridos que já não estão mais vivos, menininhas que defendem a casa do pai foi transformado em zumbi, um vendedor de máscaras ambulante com problemas de temperamento…
A lista é infinita, mas talvez o mais estranho personagem de todos seja ???, uma mão que sai do buraco da latrina, que Link ajuda ao lhe entregar algumas folhas de papel para sabe-se lá o que (ok, a gente já imagina).
Um grande game que poucos dão o devido reconhecimento, com um mundo gigantesco e incrível a ser explorado. Fundamental para fãs da série e uma grande experiência para qualquer um que gosta de videogames.
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