Muito bem senhoRRas e senhoRRes. DaRRemos uma pausa em nossa boletim de tendências paRRa um momento de reflexon comunicativa :
“Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer.
Eis que o sujeito desce na estação do metrô: vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.
Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares. A experiência, gravada em vídeo mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post em abril de 2007 era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.”
Esse meio post acima publicado eu encontrei no blog Sedentário&Hiperativo, e o que mais me chamou a atenção nele é que realmente me fez refletir.
Estou tão acostumado à atrelar valores às coisas, que só percebi hoje, lendo-o, que não relaciono a maioria das coisas ao seu valor tangível, mas sim à valores intangíveis como o que essa coisa representa dentro de um contexto, e isso faz com que minha análise preconceitual dependa da relação contexto X coisa, e é nesse ponto que entra o social.
Não existe nada supervalorizado em uma primeira impressão sem que haja um contexto envolvido já conhecido e aceito por um bom número de pessoas. deixamos de analisar os fatores tangíveis de algo, se nesse algo estiverem atrelados conceitos sociais que determinam o seu valor para um amontoado de gente, uma marca por exemplo. E por vezes baseamos nossas escolhas e gostos nesses pressupostos.
Resumindo: só é possível dizer que esse texto é bom caso haja um bom número de pessoas que o tenham lido e concordado com ele, caso contrário, ele é um texto vazio e sem valor, e o mesmo ocorrerá com a ação do jornal The Washington post. Por isso, a lógica é simples: o valor é diretamente proporcional ao coletivo, e um valor latente, recente e com grande potencial de adquirir um nível altíssimo de aceitação pelo coletivo é chamado de tendência. Nosso blog. Newrônio.
hummm…. Faz pensar.
Luiz Paulo Andrade, 25 de novembro às 18:00