Sempre que pensamos em líderes mundiais, donos de empresas de sucesso, desenvolvedores de tecnologia, atletas ou músico de sucessos, pensamos em pessoas que cresceram em grandes centros urbanos ocidentais, principalmente em cidades européias ou americanas. Mas existe um mundo muito além do que nos bombardeia de informações diariamente e que pouco conhecemos ou damos atenção. Há líderes ao redor do mundo que muitas vezes desconhecemos pela distancia cultural que o Brasil tem com países menos turísticos ou comercialmente menos atrativos aos olhos dos turistas clássicos. Conheça um pouco mais sobre a história de grandes líderes mundiais, que podem não ter tanta fama quanto merecem, mas empoderam muitas pessoas e mudam o mundo a sua volta.
Tegla Loroupe (Quênia)
Tegla foi uma corredora de longa distância e dona do recorde mundial da Maratona e de diversas outras provas por muito tempo. Mas além de uma esportista de sucesso, Tegla é uma importante ativista que luta em prol da educação na África, paz e empoderamento feminino.
Tendo um pai com 4 esposas e 24 filhos, Tegla passou grande parte da vida cuidando de seus irmãos e trabalhando no campo. Foi quando começou a frequentar a escola, que ficava a 10 km de distancia da sua casa, que Tegla percebeu o quanto gostava de correr. Procurando entrar no mundo do esporte e combatendo a falta de investimento e interesse da Federação queniana, Tegla foi se inscrevendo em diversos campeonatos e vencendo, conseguiu atingir metas incríveis.
Tegla chefiou o Time Olímpico de Refugiados, time que participou pela primeira vez da competição na Rio 2016 e ja organizou uma maratona com mais de 200 soldados de 6 tribos diferentes que viviam em conflito. Além disso, ela é uma das embaixadoras de esporte da ONU e nomeada embaixadora da paz pela Universidade de Oxford.
Hoje em dia, Tegla cuida do instituto que carrega seu nome, treinando atletas refugiados e coordenando projetos sociais.
Mojahed Akil (Síria)
Mojahed Akil é um refugiado sírio que vive hoje na Turquia. Mojahed trabalhava como programador em sua terra natal e devido a Guerra foi hospedado pelo país vizinho. Vendo a quantidade de refugiados que não paravam de entrar na Turquia (hoje o país hospeda cerca de 2,5 milhões de sírios), Akil procurou ajudar os recém-chegados a se sentirem mais em casa e a conseguir fazer coisas que antes da guerra eram muito simples como alugar um carro, achar uma escola para seus filhos ou encontrar um apartamento. Dessa forma, o programador desenvolveu Gherbtna (expatriação), um app que funciona como ponte entre refugiados e os serviços básicos.
Wyclef Jean (Haiti)
Wyclef Jean é um rapper haitiano que ficou muito famoso nos anos 2000 por fazer diversas parcerias com artistas como Shakira, Destiny Child e Lil Wayne. Ter um artista como ele em destaque na mídia foi muito importante para dar maior relevância aos problemas do Haiti. Jean foi uma figura muito importante durante os terremotos do Haiti e conseguiu arrecadar mais de 1 milhão de dólares em menos de 24h para a sua instituição Yéle Haiti, ajudando milhares de crianças a voltarem a suas rotinas escolares e a ter acesso a serviços de saúde.
Hoje, vivendo nos Estados Unidos, Wyclef Jean é um forte crítico do governo Trump e luta pela regularização de refugiados haitianos nos EUA.
Há diversas formas de ajudar líderes como Mojahed, Tegla e Wyclef a se destacarem e a continuarem lutando por importante causas sociais. É possível fazer doações através de sites como Searching for Siria, site oficial do instituto de Tegla, da Unicef, ou ajudando você mesmo através de ações sociais em ONGs que trabalham com refugiados como a ADUS São Paulo ou através de intercâmbios sociais com instituições como a AIESEC.
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