Quinta feira passada estreava na Netflix a 2ª temporada da heroína que mais bebe na Marvel depois do Wolverine, Jessica Jones.

O grande desafio desta temporada era a ausência do vilão Killgrave, interpretado por David Tennant, no entanto, conhecemos Jessica de uma maneira tão profunda ao longo dos episódios que passamos por uma nova perspectiva dessa personagem. Aprendemos ao longo dos 13 episódios que há muita tristeza e melancolia na mente de nossa heroína e isso vai muito além dos anos de abuso pelo vilão da primeira temporada.

Embora não tenhamos um antagonista tão marcante quanto o Homem Púrpura, para muitos o “Coringa” na relação de personagens opostos, a temporada apresenta grandes elementos e figuras na origem da personagem. Passamos por uma temporada bastante “detetive particular”, ou seja, vemos Jessica investigando à fundo seu passado ao lado de Trish e Malcolm, a dupla da 1ª temporada. Além disso, essa busca incansável pelo passado e memória se assemelham à figura do Wolverine, que sempre quis abrir as portas do passado.

Esse caráter investigativo, torna a série bastante cativante do início ao fim e nos faz perguntar sempre por que fariam experimentos dessa forma com um ser humano. Dessa forma, vamos cavando a cada episódio a mente de Jessica e passamos a entender melhor o porque dela se fechar tanto de todos a sua volta.

Já quando olhamos a maneira como a temporada é contada podemos notar as peculiaridades desta segunda temporada, todas as diretoras mulheres. A criadora do programa na Netflix, Melissa Rosenberg, falou ao IndieWire a importância de ter 13 diretoras para os episódios e como esse set mais representativo trouxe um ambiente muito profissional e respeitoso. Além disso, não há nenhum caráter visto como mais sexista nas filmagens mais íntimas como foi na 1ª temporada da heroína. Ao colocar as cenas lado a lado é notória a diferença!

Você pode até pensar que Jessica Jones não é Jessica sem Killgrave, porém a 2ª temporada vem como uma grande revelação do passado da heroína e queremos saber mais a cada episódio.

Com o pé na estrada e a cabeça na lua.