Para trabalhar na área da publicidade, do ramo criativo e entretenimento é preciso ter muitas ideias e pensar constantemente em alternativas para produtos, filmes e programas. Mas e se suas ideias fossem rejeitadas sempre?

A vida de Jason Porath, ex animador da Dreamworks, é bastante marcada pela reprovação. Seu projeto Princesas Rejeitadas reune histórias de mulheres valentes e poderosas que nunca passariam pela aprovação de grandes estúdios, pois foi exatamente isso que aconteceu nos anos de Porath na empresa.

Dentro da Dreamworks era comum separar um mês para ouvir todos os projetos e ideias dos funcionários, mas o sonho de Jason nunca foi pra frente e infelizmente está longe de virar animação.

No entanto, Porath decidiu reunir todas essas histórias e mitos femininos em um site e recentemente publicou o livro com algumas dessas personagens bastante transgressoras.

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Muitas dessas mulheres foram guerreiras, cientistas, astrólogas e mitos religiosos de tribos, mas por conta do comportamento muito livre, o trabalho e história delas nunca foi contado da maneira certa.

Confira alguma das heroínas abaixo.

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Sarraounia foi uma líder tribal dos Hausa, grupo étnico, que lutou contra a invasão francesa na sua região, hoje localizado na Nigéria. A missão dos franceses era destruir todas as tribos presentes na região ou escravizar os povos, mas Sarrounia usou sua magia para afastar os fãs de croissant por um bom tempo.

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Eréndíra é do folclore Purépecha, Mexicano, a tribo nativa das terras durante o século 16. A lenda circula sua figura, pois ela foi a primeira a domesticar um alien, ou melhor um cavalo espanhol que se perdeu pelas matas. Como a criatura era estranha aos demais membros do vilarejo, o pai de Eréndíra, o líder da tribo, pretendia matar o animal como oferenda aos deuses, mas ela pediu uma chance e domou o cavalo.

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Tsuruhime Ohori foi uma guerreira japonesa, uma versão oriental de Joana D’Arc, que decidiu aprender a lutar para salvar o templo sagrado de sua família. Após seu pai e irmão morrerem nas mãos de saqueadores, Ohori iniciou um treinamento severo para se tornar uma espadachim e proteger todo o legado. Quando os temíveis piratas voltaram, ela colocou toda a sua habilidade à prova e os derrotou. Até hoje a lenda de Tsuruhime é lembrada no país.

É legal ver um projeto desses tomando proporções que possam de fato chegar a pequenas meninas com os livros que serão impressos. Quem sabe caminhamos para meninas se inspirando menos em Cinderellas e mais em “princesas rejeitadas”.

Com o pé na estrada e a cabeça na lua.