#Comportamento por Ian Perlungieri
Surge o iPhone 5!
A galera vibra, a plateia aplaude, os fascinados pela marca comemoram.
Enquanto no Mercado Livre, versões mais antigas dos produtos da Apple estão com o preço em queda, filas e filas de pessoas surgem em busca do modelo mais novo.
Especialistas apontam que as vendas podem chegar a 6 milhões em três dias.
Você deve estar se perguntando: mas o que faz esse novo iPhone afinal? Ele paga minha faculdade? Faz as compras do mês? Faz companhia para minha tia irritante no meu lugar? Aparentemente, não. Apenas as mesmas coisas que o modelo anterior.
E os viciados na marca gritarão comigo: tem conexão 4G, é fino e leve! É muito melhor que o 4S! Eis um dos meus argumentos:
Entendem? As pessoas já partem do pressuposto de que o novo produto é melhor do que o anterior sem comparar, de fato, os dois produtos.
Outro possível argumento: sim, provavelmente o novo produto é melhor que o antigo devido à inclusão de novas tecnologias, mas é tão lenta a sua internet 3G? Fino e leve. Sim, mas o que você carregava no seu bolso antes? Uma bigorna? Uma marreta? Um piano? E quando sair conexão 5G em um Apple mais fino e mais leve seu iPhone 5 tornar-se-á (acredito que seja a primeira vez que eu esteja usando essa palavra) ruim? Ele será abandonado tornando possível a música de Toquinho ser modificada para “e seu pranto vai molhar minha tela”?
Não estou argumentando contra a Apple. Apenas estou contra argumentando suas justificativas para comprar o novo iPhone. Gosta? Quer? Seu trabalho exige conexão 4G? Compre! Apenas não use as mesmas justificativas que a maioria das pessoas. O novo iPhone é apenas isso: um novo iPhone, ou seja, minha tia irritante, infelizmente, ainda precisa de minha companhia.
Sabe quem precisa de você? O @NewronioESPM!
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