A música tem um poder transformador como nenhum outro. Academia, banho, cozinha, histórias, memórias, grandes paixões e as famosas “foças amorosas”, são exemplos de situações em que a música está presente de forma impactante.

Sendo um dos mercados com um público alvo mais amplo, a música possui um grande potencial para ser investida. Visualizando esse grande potencial justamente por estar no meio musical que o rapper Jay-Z (mais conhecido no Brasil como marido da Beyoncé), lançou o Streaming chamado Tidal, que chegou em terras brasileiras há 1 semana.

Tidal Launch Event NYC #TIDALforALL

Para quem não sabe, Streaming é um meio de transmitir mídias através de pacotes, ou seja, ter acesso a um conteúdo multimídia de forma que não ocupe espaço no disco rígido e nem viole os direitos autorais do autor, como ocorre ao baixar uma cópia do arquivo. Bastando apenas a conexão com uma rede, o acesso a inúmeras músicas, filmes e séries, se tornou cada vez mais possível.

Agora, como não existe mercado sem concorrência, o Tidal chegou para tentar desbancar os grandes números do Spotify definindo a sua qualidade de áudio e exclusividade de algumas músicas e vídeos, como principais diferenciais. Com músicas em FLAC, o plano do Tidal varia de R$14,90 e R$29,80 ao mês e os 30 dias gratuitos para teste.

O plano mais barato é destinado para o serviço padrão, que possui acesso a 30 milhões de músicas de alta qualidade e 75 mil vídeos, o chamado Tidal Premium. Já o mais caro, o Tidal HiFi habilita 35 milhões de músicas lossless, ou seja, músicas sem perda de qualidade que ocorre quando o arquivo é compactado para CD’s ou versões MP3, com uma qualidade de estúdio limpa e fidedigna.

Criado a partir de uma parceria de grandes nomes como Jay-Z, Kanye West, Beyoncé, Madonna e Rihanna, o Tidal veio para tentar balançar as estruturas do então líder de mercado Spotify, que mostrou superioridade e não vê a chegada do serviço americano como uma guerra de stremings e sim, um ponto positivo de que o segmento do streaming está sendo valorizado e aceito tanto pela parte dos artistas quanto pelos consumidores.

Nos EUA, o streaming dos artistas permaneceu entre os 20 mais baixados na semana de seu lançamento (Março de 2015), mas não foi bem aceito pelo público, não permanecendo nem nos 700 apps mais baixados. Jay-Z rebateu as críticas falando que Spotify virou um sucesso após 9 anos e que Tidal está indo bem, conquistando em um mês 770 mil assinaturas e afirma que não é um serviço feito para artistas ricos ficarem ainda mais ricos com a ressalva de que o valor de mercado de seu serviço é de US$60 milhões enquanto do Spotify é de US$8 bilhões.

Abaixo, podemos ver um compilado de pontos negativos e positivos que compara as principais rivais do momento, Spotify e Tidal.

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Quietinha mas com um nome de grande impacto para qualquer industria, incluindo a de streamings, a Apple lançou em junho o seu serviço no Brasil com um diferencial negativo. Apesar de possuir 3 meses de degustação (diferente do Tidal que permite 1 mês e Spotify, que cobra 1,99 durante 3 meses), o serviço é cobrado em moeda americana, o que deixa seu valor variado de acordo com o preço do dólar. O valor do pacote individual é de US$4,99 para o plano individual e US$7,99 para o plano família, que agrega mais 5 pessoas ao serviço. Um diferencial positivo do serviço é a biblioteca de músicas do itunes que já era imensa e apenas foi anexada ao serviço, porém, a qualidade fica abaixo do Spotify.

Spotify, Tidal ou Apple Music? Eis que a concorrência tarda mas não falha e pontos positivos e negativos sempre são colocados na mesa. Porém, até que ponto o jogo de ego, o valor fora de mercado (principalmente para o Brasil) e propostas distintas definem a qualidade de um produto? O que nos resta é esperar como será a aceitação dessa nova plataforma no Brasil e que vença o melhor.

 

Um velho em corpo de menino que usa as palavras como escada dos seus sonhos.