Muitos vibram e vão à loucura com as incríveis disputas esportivas de Copas, Olimpíadas e todos os outros campeonatos, grandes ou pequenos. Mas há uma categoria especial de campeonatos que é mais forte, cujos atletas, além de se tornarem referência em seu esporte, também são, sem exceção, um verdadeiro exemplo de superação e determinação.

São os paratletas, aqueles que sofrem todos os dias com tarefas que consideramos comuns, cotidianas. São pessoas que jamais se deixaram vencer, na vida ou no esporte, mesmo quando tudo parecia conspirar contra elas.  São pessoas que merecem, além do respeito já implícito por sua condição de excelência esportiva, a admiração por sua história de vida.

É incrível que, mesmo com todas essas histórias, em muitos países os comitês paraolímpicos têm uma luta a cada competição para continuar se mantendo em funcionamento. Foi passando por essa dificuldade que o Comitê Paraolímpico Australiano desenvolveu a bela campanha We Believe, de forte apelo emocional e pessoal.

É interessante o quanto os paratletas ganharam espaço na mídia, principalmente em função da publicidade. Aqui alguns comerciais que ficaram famosos pela beleza, pela sensibilidade, ou até pela provocação que contém.

Até a Guinnes já explorou o tema, de uma forma diferente e em um de seus vídeos mais emocionantes. Mas é interessante pensarmos se houve algum evento que originou tudo isso, ou se foi um interesse geral e espontâneo.

Talvez a primeira vez que um paratleta apareceu no imaginário popular não foi com Pistorius (o corredor que competiu nas Olimpíadas, contra pessoas sem deficiência e que posteriormente foi acusado de assassinar sua namorada), mas sim Mark Zupan, em uma emblemática aparição no programa Miami Ink.

Sua história é das mais comoventes já vistas no estúdio de Ami: Mark perdeu o movimento das pernas em um acidente causado pelo mesmo amigo que o levou ao programa, quando este estava sem condições de dirigir. Apesar de seu amigo não se perdoar jamais, Mark nunca para de dizer que aquilo foi a melhor coisa que lhe aconteceu, sua vida se transformou depois do acidente.

Essa bela história e a aparição no programa apresentaram para o mundo um dos personagens principais do documentário Murderball, sobre o rugby em cadeiras de rodas, uma das modalidades mais intensas e violentas de esportes adaptados. Antes de Murderball, pouca atenção era dada aos paratletas talvez pela falsa concepção de que praticavam esportes “de brincadeira”.

E aí, você teria essa coragem e esse pique todo pra enfrentar uma partida?

Minha barba. Minha vida.