Aparentemente está rolando uma fórmula entre os produtores de vídeo. Basta colocar um grupo de pessoas em um espaço filmado por câmeras escondidas sendo surpreendidas por uma figura tipicamente caracterizada como um zumbi e pronto: temos um sucesso. Depois é só liberar o vídeo na internet e esperar por milhares de visualizações e comentários.

A popularização desses personagens mortos-vivos se deu principalmente pela famosa série “The Walking Dead.” A produção, que já possui diversas temporadas, mostrou zumbis de forma pouco habitual e conseguiu apresentar um enredo sólido para uma massa interessada em entretenimento e pelo gênero explorado pela série.

O zumbi-bobão-clássico-do-cinema-trash sai de cena e abre espaço para outros personagens que são capazes de trazer à tona outra visão para esses seres ensanguentados.

Mas em que ponto se encaixam os vídeos com zumbis que estão aparecendo cada vez mais na rede? A resposta é simples: pessoas em situações de susto trazem ibope para as marcas. Aproveitando essa verdade, as empresas promovem produtos e até mesmo suas respectivas imagens, que se tornam mais despojadas devido aos vídeos engraçados. Seguem alguns exemplos:

Durante a exibição de uma Kiss Cam no cinema, um casal é surpreendido por um zumbi assustador. O vídeo foi feito para promover uma atração de um parque sueco, o Gröna Lund.

Como não citar a genialidade de um dos comunicólogos mais importantes do Brasil? Sílvio Santos apresentou recentemente (mais) uma pegadinha capaz de viralizar em poucas horas e gerar as mais variadas reações. Dessa vez, pessoas são aterrorizadas por zumbis em uma estação de metrô.

A OLX fugiu do formato pegadinha, mas deixou nítida a intenção de passar uma imagem “cool” para a figura do zumbi e doar tom humorístico para o comercial.

O uso de figuras presentes no mundo literário e cinematográfico é cada vez mais comum. É interessante notar que esses elementos aparecem para contribuir com o sentido dos filmes que promovem marcas, seja de forma direta ou indireta.

Só é válido lembrar que o número de seres que habitam o imaginário do consumidor é extenso e que lotar os comerciais com o mesmo elemento pode ser bastante entediante… Ou não? Essa seria uma prova de que já estamos passando por um apocalipse zumbi?

Talvez seja melhor separar suas armas para essa batalha.

Nome de rei, força de vontade de plebeu.