Em 24 de Abril deste ano, a tragédia do colapso do complexo fabril de Rana Plaza em Bangladesh completa um ano. O desastre é considerado o maior acidente por falha estrutural na história moderna da humanidade, com um total de 1129 mortos e 2.500 feridos.

A assombrosa foto de Taslima Akhter que integra a seleção da World Press Photo desse ano é resultante do colapso.

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O acidente também levantou sérias questões à respeito das condições de trabalho impostas a muitos daqueles trabalhadores bem como da responsabilidade das grandes marcas internacionais de roupa, que têm nesses sweatshops (nome dado a esses aglomerados de pequenas oficinas) a maior força de produção, mas que diz não ser responsável por ser um trabalho terceirizado.

Marcas como Benetton, Children’s Place e Walmart estão entre as grandes cuja parte da produção vinha diretamente das oficinas destruídas.

Em memória às vítimas, bem como também uma forma de aumentar a conscientização para com as condições terríveis de trabalho e até mesmo ao não-pagamento da indenização devida às vítimas por parte das empresas envolvidas, criou-se a Fashion Revolution.

A proposta da ONG é justamente lutar contra o desconhecimento da proveniência das roupas e das práticas anti éticas e desumanas adotadas pelas marcas ao redor do mundo.

Nesse primeiro aniversário, a entidade promove o Fashion Revolution Day, dia que levanta a questão: “Quem faz suas roupas?”

A ideia é apoiar o movimento usando as roupas do avesso durante o dia de aniversário da tragédia e, procurando saber o que se consome e evitando aquilo que fere os direitos humanos, futuras tragédias semelhantes sejam evitadas ou mesmo acabando com a exploração diária que essas pessoas sofrem.

Minha barba. Minha vida.