Ao mudar de perspectiva, qualquer espetáculo de dança poderia perder seus movimentos, até porque a visão de cima para baixo mos mostra apenas cabeças que trocariam de posições aleatoriamente. Isso com certeza não acontece com o novo espetáculo de Daniil Simkin.

Em seu novo projeto, os dançarinos interagem com uma estética trazida pela tecnologia, explorando corpo e espaço em uma apresentação contemporânea muito bem coreografada e ensaiada.

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As projeções acompanham os dançarinos em forma de auras vivas e vibrantes, que participam e criam imagens impressionantes. A interação acontece de uma maneira tão intensa que faz a tecnologia ganhar forma, intensidade e vida.

A produção soube explorar muito bem a arquibancada em arena do museu Guggenheim. As imagens interagem com os espectadores e passam por todo o espaço.

O bailarino Daniil Simkin produz muitos espetáculos que combinam a dança e tecnologia. Ele se viu prendendo a sua criatividade nos teatros convencionais, que nunca entregavam o resultado desejado. A sua produtora Works & Process Rotunda Project já fez outras produções que ligam a dança com o visual nesse mesmo espaço.

Contando com a colaboração do coreógrafo Alejandro Cerrudo, o projeto criou forma a partir do escaneamento das linhas e sombras dos dançarinos, adicionando uma nova dimensão para a dança.

“Um experimento de como as coisas podem coexistir” é a definição do coreógrafo para Falls the Shadow.

 

eu causei desgosto pro enem, mas to aqui.