Quando as pessoas tiveram a oportunidade de ver o primeiro trailer de Esquadrão Suicida, na Comic Con de 2015, muitas perguntas e expectativas surgiram. Quem são esses caras? Será que esse Coringa todo tatuado convence? Esse filme vai ser um sucesso! São apenas algumas das opiniões que brotaram desde julho do ano passado até o grande dia.

131ª foto promocional da equipe, Comic Con 2015

Essa trajetória foi marcada por uma modificação completa na maneira como o filme foi apresentado durante toda sua campanha de marketing. De algo completamente obscuro e sinistro (o trailer inicial e o logo bem cru) para algo completamente cartunesco e divertido. Somado a isso, a notícia de que o filme passou por novas gravações para buscar algo mais divertido ala Deadpool não foram suficientes para encontrar o excesso ou tom de comédia que se procurava.

trailer inicial, Comic Con 2015

trailer final, com temática mais cartunesca

No entanto, Esquadrão Suicida se apresenta como um filme que busca trabalhar com uma proposta bastante linear e coesa a partir da metade do longa na trajetória clássica dos filmes do gênero, enfrentar o vilão e salvar o dia (Se é possível caracterizar assim, visto que todos ali se apresentam como uma ameaça ao mundo).

Em meio a muitas cenas de ação com um estilo diferente dos filmes passados do diretor David Ayer, como Corações de Ferro ou Tempos de Violência, o filme nos diverte e entretêm ao ponto que elas acontecem, nada muito além ou que sobra. O diretor opta por combates em slow-motion para deixar bem claro os estilos e golpes de cada um em meio a tantos inimigos que brotam para enfrentar a equipe de Amanda Waller.

Apesar de se tratar de uma equipe, alguns personagens se destacam e obtém uma maior importância a medida que o filme segue. Viola Davis, a Amanda Waller, já nos mostra o que tínhamos visto nos trailers, uma chefe forte e destemida, que não se incomoda em fazer as coisas do seu jeito, custe o que custar. Will Smith, o Pistoleiro, possui um papel de líder e mais pé no chão que os demais membros dessa equipe de malucos e assassinos, além de carregar as cenas mais emotivas da narrativa.

Suicide-Squad-Trailer-Deadshot-Gun

Margot Robbie, a Arlequina, se transforma na personagem doidinha que conhecemos na animação de 92 em que tudo não passa de uma simples diversão. Particularmente, não creio que ela seja o alívio cômico, mas sim a Arlequina o tempo todo, não há uma quebra na situação, apenas um momento típico da personagem.

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O que muitos esperavam era um Coringa que chegasse aos pés de Heath Ledger ou o superasse, mas a aposta de Jared Leto é algo diferente, menos cínico e sem filosofias sobre o mundo que vivemos. Estamos falando de um cara com problemas, louco e que vive no mundo do crime. Suas cenas, bastante cortadas e reduzidas de acordo com o próprio ator, mostram uma espécie de gângster ala Tony Montana que busca apenas o caos e é claro, sua queridinha, Arlequina.

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 Esquadrão Suicida possuía a tarefa de alavancar as expectativas que rondam todos os filmes da DC que estão por vir. De uma certa forma, ao final do filme temos a sensação de que se trata de apenas uma história comum do gênero.

Com o pé na estrada e a cabeça na lua.