No meio da propaganda, muito se fala dos cobiçados leões de Cannes. Prêmio máximo da criatividade publicitária, o prêmio leva em conta a “criatividade” da peça, a capacidade de fazer ligações inusitadas ou de enxergar coisas diferentes onde muitos não enxergam coisa alguma.

Mas é curioso como muitas das ideias ganhadoras, apesar do evidente êxito do processo criativo, não chegam a atingir objetivos concretos.

Como assim? Oras, qualquer propaganda nasce de uma necessidade de marketing, seja ela aumentar as vendas da marca, melhorar sua imagem, ou mesmo aumentar o engajamento de seus fãs online.

Muitas campanhas, por mais criativas que sejam, acabam sendo, do ponto de vista de seu objetivo inicial, insuficiente ou insatisfatória.

E é aí que entra o Effie Awards, prêmio de efetividade publicitária. Para concorrer a ele, não é só o insight que tem que ser bom, mas a condução e o resultado também. Ou seja: é um prêmio que leva em conta a verdadeira essência da propaganda, a resolução de um problema de comunicação ou marketing.

O evento possui duas fases, uma nacional e uma internacional, sendo que os ganhadores da primeira participam então da segunda.

Na mais recente edição brasileira, o grande vencedor foi o case do Enterro do Bentley, da Leo Burnett Taylor Made.

Não é para menos, a campanha gerou mais de R$ 50 milhões de mídia espontânea e um aumento de 31,5% no número de doações de órgãos.

Lá fora, o Effie não é o único prêmio que leva em conta os resultados obtidos. O também respeitado IPA Effectiveness Awards, do órgão inglês semelhante à brasileira ABAP, é um ótimo exemplo. A controversa campanha da Nissan que escrachava todas as outras marcas e que atingiu seu ápice com o icônico Pôneis Malditos, levou prata nessa competição.

Sua justificativa era bem simples: com menos de 1/3 do investimento em comunicação das outras marcas e sem ser sequer conhecida no mercado, a Nissan conseguiu aumentar sua participação de 1% para 4%.

Da próxima vez que for pensar em um prêmio interessante que a agência que você deseja trabalhar ganhou, talvez seja hora de olhar além dos Leões, Clios e One Shows.

Minha barba. Minha vida.