Diferente do que acontece na maioria das prisões, a prisão estadual de San Quentin, na Califórnia, parece realmente correr atrás de projetos de ressocialização de seus detentos.

Com a ajuda da professora de fotografia da prisão, Nigel Poor, Earlonne Woods e Antwan Williams, que estão ambos lá por conta de furtos, lançarão um podcast chamado Ear Hustle. Woods, 45, já cumpriu 19 anos de uma sentença de 31 e Williams, 29, cumpriu 10 anos de sua sentença de 15 anos.

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A dupla pretende, em dez episódios, que devem ser lançados quinzenalmente, tratar de cada uma das esferas dentro da prisão: desde companheiros de cela e laços familiares até moda.

No entanto, não são todas as prisões norte-americanas que seguem o padrão expressivo de San Quentin. Há mais de 100 anos, presidiários trabalham em produção jornalística, com o jornal San Quentin News e o San Quentin Prison Report, programa de rádio que Woods e Williams produziram e que era transmitido pela emissora local de rádio.

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Com a participação de empresas do Vale do Silício, a prisão tem laboratórios de informática com computadores, softwares de edição e equipamentos para gravações.

Por mais que certa liberdade de expressão seja dada aos detentos de San Quentin, os episódios do podcast serão todos revisados pelo responsável pela comunicação da prisão, que dirá no fim de cada um que aprova a história contada no podcast.

Não é porque estão em uma prisão que os detentos deixam de ser pessoas. Suas vozes merecem ser ouvidas tanto quanto quaisquer outras e isso acontecerá a partir dessa semana com Ear Hustle.

De grão em grão, tanto bate até que fura.