Não é somente mais um sonho no coração dos fãs, um plano elaborado pelo criador da série Mitchell Hurwitz ou uma pergunta para ser respondida por todo o elenco em todas as entrevistas que fizeram desde 2006. Uma nova temporada de “Arrested Development” vai ser transmitida a partir de 26 de maio, na Netflix.
A Netflix anunciou para a imprensa que quinze episódios de “Arrested Development”, o que seria a quarta temporada da série de comédia cult, seriam postados simultaneamente no site, à meia noite de lá (4:00 da manhã para os residentes de áreas tupiniquins).
Ted Sarandos, o representante de conteúdo da Netflix disse em uma entrevista que os novos episódios foram feitos de modo a se adequarem à nova era on-demand que vivemos, em que os consumidores de entretenimento procuram um serviço que os permita assistir aquilo que quiserem, na hora que quiserem. Além disso, Sarandos mencionou que o nível de expectativa por uma continuação da série é tão alto que a estreia da nova temporada será um marco histórico.
No entanto, Hurwitz rebateu os argumentos de Sarandos dizendo que essa não era a intenção dele ao criar mais cinco episódios. Ele disse que é uma empreitada que somente podia ser feita em parceria com a Netflix, mas que seu objetivo principal era que todos os episódios passassem ao mesmo tempo em todas as TVs, computadores e dispositivos do mundo. Pode parecer uma meta um tanto quanto utópica mas, considerando o mundo globalizado em que vivemos, talvez o sonho de Hurwitz se realize juntamente com o de seus fãs.
“Arrested Development”, que originalmente contou com três temporadas na Fox entre 2003 e 2006, tinha Jason Bateman como o líder de uma família nada convencional, composta por diversos rostos conhecidos como Michael Cera, Will Arnett, Portia di Rossi, entre outros. A série recebeu um Emmy na categoria de séries de comédia, mas nunca foi um hit. No entanto, isso não pareceu um problema para a Netflix, que vem rapidamente adicionando diversos tipos de conteúdo original à seu portfolio. “Arrested Development” se juntará a diversas outras séries que só podem ser vistas por meio do serviço de televisão para a Internet, como “House of Cards” (que inclui David Fincher na lista de produtores), “Hemlock Grove” e “Orange Is The New Black”.