#Comportamento por Ian Perlungieri

Entre 31 de agosto e 2 de setembro, no Theatro Municipal de São Paulo, foi apresentada a Gala Lírica.
Ou seja, juntamente com a Orquestra Sinfônica Municipal, a soprano Daniela Dessì e seu marido tenor Fabio Armiliato interpretaram árias de compositores como Verdi, Puccini, Giordano e Bellini.
Não tem problema se você não faz a mínima ideia do que são árias. Também não sei.
Apenas mencionei árias porque a Gala Lírica é assim descrita no site oficial do Theatro Municipal.
Mas a definição de árias é totalmente indiferente quando se vai àquele local.
Teatro comum? Não. É um lugar belo o bastante para ser um dos cartões postais da cidade, sendo que é alvo de fotografias de turistas e de paulistanos que, depois de viajar pela Europa, começam a interessar-se pela própria cidade.

Minha sobrinha quer a festa de quinze anos dela nesse lugar!

Nunca havia ido a uma “Gala Lírica”. Apenas fui porque a pessoa que havia me convidado tinha um grande fascínio por Woody Allen.
Não faz sentido? Faz. O tenor atuou no filme Para Roma com Amor (já mencionado em outro post) do diretor.
Começou. Violinos, harpa, violoncelos e tantos outros instrumentos que um leigo não sabe nomear. Não importa. Foi lindo.
Expressões faciais, vozes potentes e música. Um espetáculo.
Acabou. Aplausos soaram e eles voltaram. O regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal, Abel Rocha, a soprano Daniela Dessì e o tenor Fabio Armiliato. Voltaram e houve mais um espetáculo com a única música que eu conhecia:

Quando recomeçou, a plateia, que até agora apenas demonstrava emoção no fim de cada interpretação, acordou.
As pessoas falavam e aplaudiam durante a apresentação, acompanhando a música.
O regente, que no folder está sério em uma foto preto e branco, ria e interagia com as pessoas.
E, novamente, acabou. Aplausos. Recomeço. Aplausos. Recomeço. E acabou.
Lindo. As expressões faciais, as vozes potentes, a música, o teatro. Um espetáculo.
Uma conversa filosófica com uma desconhecida e a cafeteria que servia um cappuccino por oito reais (sim, tomei apenas água) foram omitidos, mas não porque são menos importantes, e sim, porque são menos importantes.

Importante é seguir o @NewronioESPM!

Meu nome não é Alex DeLarge, nem Tyler Durden, nem Mort Rainey. Nunca me chamaram de John Keating. Não sou Ed Bloom, nem Joel Barish. Scott Pilgrim, Carl Allen, Bruce Wayne, Rainer Wenger. Nenhum destes é meu nome. Sou apenas uma peça de um tabuleiro.