Dungeons and Dragons retorna aos cinemas pela primeira vez em 16 anos, no dia 4 de setembro em alguns cinemas selecionados nos Estados Unidos. A diferença é que desta vez não será um filme, mas sim uma partida.
A partida será transmitida via streaming diretamente da PAX, a Penny Arcade Expo, feira americana que celebra a cultura gamer e geek. Participam da mesa Jerry Holkins e Mike Krahulik, criadores da feira, juntamente com Patrick Rothfuss, escritor da série “As crônicas do matador rei”, Scott Kurtz, do Toonhound Studios, e o mestre, Chris Perkins, escritor da Wizards of The Coast.
O grupo que começou com um podcast no site da Wizards, com o nome de Acquisitions Incorporated, cresceu de popularidade até se tornar um show ao vivo na PAX em 2010. Com o apoio da Wizards, o canal do You Tube do Penny Arcade começou a produzir este ano uma serie do grupo. A partida, que é recheada de humor, se tornou um dos grandes eventos dentro da PAX.
O Acquisition Incorporated acabou influenciando outros grupos, que realizam streaming de seus jogos, como o Critical Role que é composto de amigos dubladores, além de grandes canais de entretenimento nerd do You Tube, como Rooster Teeth e Nerdist que estão criando seus próprios programas de Dungeons and Dragons.
Nos últimos anos o RPG (jogo de interpretação de personagens) mais antigo do mundo vem tendo um boom de popularidade, com sua ultima edição (a quinta) tendo sido publicada em 2014. Isso tudo faz parte da estratégia da Wizards que esta focando nos jogadores e na real experiência de jogar, o que ajuda a desmistificar alguns mitos do jogo
Dungeons and Dragons não é somente mais um jogo de tabuleiro, é um show, um MMO, um jogo de console, um jogo de miniaturas, gibis online, todos ligados pelo tema da última aventura que é publicada pela Wizards. Tudo isso cria uma experiência coesa em que você pode participar do universo do jogo, da maneira que melhor preferir.
O jogo que começou no porão de Gary Gygax a 42 anos, hoje passa no cinema, atraindo tanto novos quanto antigos jogadores.
Texto de Giuliano Roverato