Sinapse por Ramiro Gonçalez, 07/04/2010 às 16h00

No estudo que realizei com 93 usuários do TWITTER (heavy users) já havia sinais de que esta profusão de fontes de informação causa disfunção na transmissão e retenção da mensagem.


Os sintomas mais frequentes detectados são baixa retenção, infidelidade às fontes de notícias e baixa profundidade de análise.

Esta é um constatação de uma mudança que (para o bem ou para o mal) vem para ficar, confirmada pelo jornalista Nelson de Sá. Em sua coluna na FSP (toda mídia) ele apresenta resultados de uma pesquisa americana que apontam as mesmas tendências de comportamento detectadas em nossa pesquisa.

Ele informa que o consumo de notícias está cada vez mais marcado pela infidelidade, segundo a pesquisa realizada pelo The State of The News Media. Os números impressionam pela dispersão da AUDIÊNCIA: 50% dos americanos consomem de quatro a seis plataformas por dia, entre internet, TV, mídia impressa. O mesmo acontece no universo das notícias on-line: 57% usam de dois a cinco sites; somente 35% declaram ter site favorito; e apenas 21% dizem se limitar a um site.

E há mais. Os caminhos pelos quais chegam às notícias estão se modificando. Embora a maior parte vá para sites de jornais ou canais a cabo, a geração mais jovem indica outra tendência -começar o consumo de notícias através de busca. Outra indicação do relatório: mais pessoas se limitam a ler título, nome do autor e a primeira linha. Muitas vezes, jovens ou mais velhos, nem passam do título.

Estas constatações começam já a afetar os modelos de negócios das mídias. Uma das alternativas é o cross-mídia.

PROF RAMIRO GONÇALEZ – FIA – Auditoria e inteligência de Mídias
twitter @ramirogoncalez @NewronioESPM