A retórica e a dialética sempre foram aspectos muito estudados por figuras públicas, sendo consideradas duas das 7 artes liberais clássicas. A busca por uma dialética perfeita rendeu a humanidade discursos memoráveis, muito bem escritos e muito bem interpretados, como o discurso de Ronald Reagan, após a queda da nave espacial Challenger em 1986, o de Hitler, ao ser eleito chanceler alemão em 1933 prometendo paz e união perante uma plateia de mais de 20.000 jovens alemães, e o de Nelson Mandela, que em 1994 se tornou o primeiro presidente negro a assumir o cargo mais alto da África do Sul.

Esses e mais outros discursos marcaram história, mas poucos conseguem se comparar ao discurso “I Have a Dream” de Martin Luther King Jr, feito em frente ao Memorial Abraham Lincoln em 28 de agosto de 1963. Esse discurso foi feito para 250 mil pessoas em Washington e se tornou referencia em qualidade retórica.

Em “I Have a Dream”, Martin Luther King, um dos líderes do movimento negro americano, faz termos extremamente difíceis de pronunciar soarem compreensíveis e agradáveis, fazendo o uso de técnicas de retóricas muito bem aplicadas em seu texto, além de montar jogos fonéticos e repetição de termos chaves ao longo do discurso. Luther King organiza seu discurso de acordo com a cronologia da história do negro nos Estados Unidos, com referência diretas a textos importantes, como trechos da Bíblia e de falas de Abraham Lincoln, organizando suas falas junto a fatos já reconhecidos pelo seu público.

O vídeo abaixo explica de forma detalhada como Martin Luther King expressa sua genialidade retórica em cada trecho de seu discurso mais famoso.

 

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