O Newronio conseguiu entrevistar o fotógrafo oficial do Propmark, que vai à Cannes desde 1997 para fazer a Cobertura da premiação, Alê Oliveira. Perguntamos sobre sua trajetória invejada por nós que também adoraríamos ir ao paraíso da França, cobrir a maior premiação de publicidade do mundo (ganhar um Leão em Cannes para um publicitário, é como ganhar um Oscar para um ator).

Como foi a sua primeira vez em Cannes? Como você foi parar lá?

Comecei a frequentar o Festival de Cannes em 1997, quando ainda as competicões eram apenas de anúncios e filmes. Fiquei sabendo um mês antes da viagem. O fotógrafo do Propmark deixou a redação, e o diretor do jornal na época, o jornalista Adonis Alonso, me perguntou se estava preparado. Era verde, mas disse que sim. São 17 anos de frequência e a cada ano é um novo desafio.

De lá até hoje, o que mudou? Em relação ao festival, participantes e peças.

O volume de competições é muito maior e, consequentemente, o trabalho aumenta. Mas gosto muito. Fui o primeiro a fotografar dentro da sala do júri no Palais des Festivals. O Ruy Linderberg foi capa do jornal quando registrei sua presença no juri do Press Lions. É uma época mais romântica do festival.

O que você gosta de fotografar no seu tempo livre?

Alem das paisagens e oportunidades, me dedico muito à arquitetura de Cannes, principalmente dos hotéis Martinez e Carlton. Os detalhes é que me chamam a atenção, das luminárias, passando por portas, varandas. As pessoas tambem estão no meu foco, sobretudo as mulheres.

O que te inspirou a virar fotógrafo? 

Eu trabalhava no estúdio da SGB como assistente. A agência tinha um grande movimento de fotografia, mas ainda não tinha certeza se era meu rumo profissional. Até que surgiu a oportunidade de trabalhar no laboratório de revelacão fotográfica do jornal Propmark. Aí pintou a paixão pelo fotojornalismo.

O que você mais gosta de fotografar em Cannes?

Gosto muito de registrar o top less. As mulheres ficam a vontade sem vergonha de nada. As melhores vão para a galeria do Propmark.

Já pagou algum mico, tirando foto?

Sim. Na época do filme, tinha uma foto com 60 pessoas na cobertura do Conjunto Nacional e depois de todo mundo posicionado percebi que a maquina não tinha filme. Inventei uma desculpa, e fui atrás do filme, mas até hoje me lembro desse dia e desse mico do qual dou risadas.

O Alê vai para Cannes nesse ano também. Quem sabe ele não encontra o Renan por lá?!

Escolhi fazer comunicação por gostar (e muito) de me comunicar. Sou tímida no começo, mas depois de um tempo já sou íntima. Eu nunca escrevi em blog, mas vivo escrevendo. Amo estar atualizada, principalmente no que se refere à moda.