“Ela é pretinha e lugar de preto é na África”;

“Olha os cara cheio de tatuagem parece bandido” ; 

“preconceituoso só porque eu não fiquei com uma negra ? nao é preconceito, é gosto, e cada um tem o seu…”;

“mulher é boa pra pilotar um fogão de 6 bocas”; 

“Não é preconceito não, só não quero ter filho de cabelo ruim”…

Esses são apenas alguns exemplos de tweets imorais e cruéis que você pode encontrar no twitter. Lamentável, né?

Pensando em confrontar essa onda de preconceito, o Burger King lançou uma nova campanha usando uma estratégia de Marketing Reverso, assinada pela agência David SP. Por que Marketing Reverso? Porque no vídeo, eles mostraram primeiros comentários negativos criticando o próprio Burger King – alegando que isso é uma opinião, para depois contrastar com os tweets preconceituosos – mostrando que isso não é uma opinião, isso é preconceito. 

A campanha lembra a série muito famosa de youtube “Mean Tweets”, do canal Jimmy Kimmel Live, onde celebridades lêem comentários ruins sobre si mesmos. Usar a técnica de dar voz ao seus haters já chama muita atenção, e dessa vez eles aproveitaram para relembrar as pessoas de um problema mau discutido no Brasil: o preconceito que temos e não assumimos; tentamos disfarçar. 

“Como marca, o Burger King entende que tem um papel importante de conscientização. Este é um assunto sério e que, infelizmente, ainda precisa ser conversado. Por isso não medimos esforços para mostrar que todos são bem-vindos e entendemos que cada um tem uma opinião diferente. Aceitamos críticas, mas não aceitamos nenhuma forma de preconceito”

– Ariel Grunkraut, diretor de marketing e vendas do Burger King Brasil.

O mais interessante é que a campanha não mostra apenas algum tipo de preconceito específico. Engloba vários temas como homofobia, machismo, gordofobia e racismo.

"tô ótima, tô achando nada"