Arte & Design

As primeiras grafiteiras do Afeganistão.

By Caio Anequini

September 19, 2013

Conforme percorremos nossos olhos por cima de um atlas, mapa, tabuleiro do jogo WAR, ou qualquer outra representação do planeta, podemos notar que o mundo é um lugar muito complexo, não é? Diversos países, etnias, religiões e costumes, cada qual com suas respectivas características e história.

O Afeganistão sempre foi visto como o berço do terrorismo, depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. Mas, a realidade vivenciada lá, vai além desse estereótipo. O país vive um período muito conturbado, marcado pelo conservadorismo, constantes guerras, extremismo religioso e atentados à liberdade das mulheres. Então, partindo destas mazelas, Shamsia Hassani e Malina Suliman, as primeiras grafiteiras do país, buscam, com a ajuda da arte, uma forma de simbolizar as vozes oprimidas pelo regime.

Seus grafites exploram um sentimento oprimido, com imagens irônicas, caricatas e críticas, que não só anseiam em reconstituir a paisagem destruída pela guerra, mas também em mostrar ao mundo que o Afeganistão é muito mais do que conhecemos, ou seja, muito mais do que mais um estereótipo.