Albert Omoss é, em sua própria definição, um artista computacional ou um tecnólogo criativo. Essa definição vem a calhar: é uma boa nomenclatura para a pessoa multifacetada que Omoss é, sendo artista, designer e também engenheiro.
Sua posição na produtora Buck, é um tanto diferente do que se esperaria: o artista trabalha quase exclusivamente com programação. Com seu aporte inovador e sempre visando atingir um patamar além do já estabelecido, os limites de seus projetos com números e código acabam se mesclando com os da arte.
Em um exemplo de seu trabalho que ficou famoso pelo primor técnico, a animação de promoção da livraria Goodbooks, Omoss desenvolveu um meio de animar vetores em After Effects como partículas, utilizando o software Processing. Dessa forma, uma animação feita em vetores parece ter sido desenhada quadro a quadro.
Em seus projetos pessoais, o artista busca explorar a capacidade de processamento e dinâmica de materiais e animação, em séries de vídeos bem curtos. A experimentação é o fio condutor de toda a sua obra, que transita entre a animação de fractais, ao movimento de partículas ou mesmo aspectos inusitados do corpo humano.
Os trabalhos de Albert Omoss são, ao mesmo tempo, um desafio à nossa percepção e um exercício de programação. Por vezes o resultado final pouco indica do delicado e complexo processo por trás de sua feitura.