A Turma da Mônica todo mundo conhece. Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e muitos outros são ou foram companheiros de quase todos nós. Com traços simples porém elegantes, um ritmo ágil e diálogos curtos, não houve criança cujo processo de alfabetização não tenha passado por pelo menos uma revistinha dessas.

Genuinamente brasileira, com uma gama de personagens que cobre praticamente todas as facetas da sociedade brasileira (da turma da cidade, da turma caipira, do índio até ao astronauta do programa espacial brasileiro, Brasa), seu criador, Maurício de Souza, completou 50 anos de carreira em 2009.

Para homenagear o autor, foi lançada a coletânea MSP 50 – Mauricio de Sousa Por 50 Artistas, em que 50 artistas (alguns conhecidos outros quase desconhecidos do público) ilustram releituras de cada um dos personagens criados por Maurício. O projeto deu tão certo que mais dois livros foram produzidos.

ALBUNS_MSP50

Aliás, o projeto deu mais do que certo. Partindo das pequenas historietas desses livros (e aproveitando a onda de popularidade recente das graphic novels, como alguns chamam as HQs para adultos) alguns artistas foram convidados para ilustrar histórias maiores, que seriam lançadas como livros independentes.

Tivemos então, 4 excelentes HQs: Mônica: Laços, de Lu e Vitor Cafaggi; Astronauta: Magnetar, de Danilo Beyruth; Chico Bento: Pavor Espaciar, de Gustavo Duarte; e a mais recente, Piteco: Ingá, de Shiko.

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Cada uma das histórias traz o traço e um pouco da personalidade de cada autor. São, sim, releituras bastante autorais de cada um dos convidados e feitas com todo o carinho e atenção. Atenção tanta que, mesmo com a procura e a cobrança intensa para que os novos títulos saiam logo, a editora preferiu prezar pela minuciosidade. Dos 6 títulos anunciados para o futuro, apenas 2 estão previstos para 2014 (mas mesmo isso pode mudar).

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No final de julho, foram divulgadas algumas artes da próxima HQ, Bidu: Caminhos, que tem previsão para Outubro e conta com a arte de Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho.

bidu

Todo o projeto é um feliz encontro de ícones de um universo já muito bem estabelecido na cultura popular brasileira com o trabalho de grandes artistas que ainda não são (ou eram) conhecidos do grande público. Ambos saem ganhando nessa parceria. E nós também, mais que qualquer outro.

Minha barba. Minha vida.