Efeitos práticos são cada vez mais raros em blockbusters, com o estúdios geralmente preferindo usar o famoso CGI. Mas para a sequência do clássico cult Blade Runner, o diretor Dennis Villeneuve insistiu para que fossem usados cenários reais, objetos reais e por aí vai. O resultado refletiu nessa escolha, criando um filme de uma qualidade absurda no quesito estético. Assim como ocorreu em outro filme recente que fez a mesma escolha: Mad Max Fury Road. Definitivamente provando que fazer o negócio real mesmo é melhor do que usar computadores.

De uma forma semelhante aos novos Star Wars foi essencial a mistura dessas criações físicas com CGI, usando telas brancas nos cenários por exemplo. Mas Villeneuve e sua equipe realmente trouxe o universo Blade Runner o mais próximo da realidade, criando elementos que ele julgava essenciais: os carros, a pistola original e alguns cenários específicos.

Uma das diversas props que Blade Runner 2049 teve foram suas cidades. Muitos dos shots panorâmicos, viajando pelos prédios de Los Angeles foram filmados entre maquetes gigantes (ou cidades minúsculas) feitas por uma equipe extremamente talentosa e detalhista. Se trata da Weta Workshops, especialistas na criação de miniaturas práticas, design de conceitos, figurinos, armas e coisas do tipo. A empresa é uma das maiores do ramo, trabalhando em filmes como: Mad Max Fury Road, Ghost in The Shell, Thor Ragnarok e a Trilogia do Senhor dos Anéis.

A experiência e o talento do pessoal da Weta é evidente pelo nível das imensas maquetes, construções ou seja lá o que for. É interessante ver que apesar de tudo ser feito fisicamente, a tecnologia ainda aparece como auxílio na hora do design ser feito em 3D. Mas pelo menos é bem melhor desse jeito do que encher a tela de CGI.

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