#ÁreaDeEstudos por Guilherme Figueiredo
Do ano de 2005 para cá, ocorreram muitas mudanças no Brasil não só no âmbito econômico, como também significativamente no âmbito social. Enveredamos para o que chamamos de um dos maiores fenômenos sociológicos do País: a nova Classe Média, mais conhecida como a Nova Classe C, que outrora era afastada dos estímulos de marketing e que atualmente possui um poder de compra muito maior devido a sua ascensão na pirâmide da renda brasileira.
Essa classe emergente consegue mostrar hoje que o Brasil economicamente mudou em muitos aspectos, dentre eles, o crescimento da oferta de crédito, assim criando na mesma proporção, alguns novos hábitos como a frequência assídua em shoppings centers, o hábito de se locomover mais pelos aeroportos das grandes metrópoles – substituindo o meio de transporte principal que antes era o ônibus. Leva-se em consideração o aumento do poder de compra de alguns itens que antes eram tidos como artigos de luxo como cosméticos, alimentos mais caros, cortes nobres de carne, ingresso ao ensino superior e, principalmente, a inclusão massiva na plataforma digital nunca vista numa classe popular antes.
Para se ter uma noção do quão impactante foi na economia, no setor de informática e no que abrange a internet, desde 2007 foram vendidos mais de 10,1 milhões de computadores o que acarretou um estudo sobre o comportamento da adoção das tecnologias como o profundo vínculo com as redes sociais e principalmente no novo hábito de fazer compras online.
Os jovens dessa nova classe média, em específico, estão adotando outros costumes como a integração aos meios digitais em maior proporção que os jovens de classes econômicas mais altas. As assinaturas de banda larga vêm obtendo uma demanda crescente, de acordo com a Pesquisa Emerging Consumer: “Oito verdades sobre nossa visão distorcida”, da WMcCann, que averiguou os reais motivos pelos quais a Classe C navega pela internet. Entre os heterogêneos motivos, a pesquisa descobriu a abordagem de temas para gerar renda, crescer profissionalmente, criar os filhos, cuidar da beleza e da aparência, construir uma boa reputação social, melhorar as finanças, incrementar a saúde e o bem‐estar, mudar o status quo e o que está errado na vizinhança.
Hoje mais do que nunca, a Nova Classe C é onipresente nos meios digitais, e que é possível inferir dessa incursão cibernética que, muito mais do que um público potencial pras grandes marcas, é um público também suscetível à comunicação, novos aplicativos, e principalmente na demanda de consumo dentro dessa plataforma, seja assinando pacotes de banda larga ou fazendo compras no e-commerce. Conectado como qualquer outro.
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As fontes desse texto foram:
8 verdades sobre a classe C digital. Marketing Digital. A classe C ganha a rede.
Revista ESPM – Volume 18 Ed. Nº 4 – “Quem descobriu a nova classe média no Brasil? Por Alfredo Passos