Muitos acreditam que a música eletrônica se iniciou nas décadas de 1960 e 1970 com o surgimento de teclados sintetizados usado por grandes bandas como The Doors e Pink Floyd, mas a primeira experiência que misturou música com eletricidade foi bem antes disso, em um monastério na atual República Checa no século XVIII. Os fritinhos de hoje devem muitos agradecimentos ao monge Dom Prokop Divis.

Dom Prokop Divis nasceu em 1698 e junto a outros Monges passava muito tempo estudando diversas ciências no monastério de Morávia. Ao realizar diversos experimentos com descargas elétricas, Dom Prokop descobriu e conseguiu controlar corrente elétrica simultaneamente e independentemente de Benjamin Franklin.

Obcecado com suas novas descobertas, o monge resolveu uni-las a sua paixão por música e criou uma espécie de clavicórdio com mais de 790 fios onde cada tecla do teclado tinha um ruído e procurava imitar sons de outros instrumentos, batizando o novo instrumento de “Dionísio Dourado”.

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(Clavicórdio tradicional)

Não se sabe muito bem como o monge transferia energia elétrica a seu instrumento, mas historiadores acreditam que ele usou o mecanismo conhecido como jarra de leiden, que criava uma pequena corrente elétrica.

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(Jarra de Leiden)

O “Dionísio dourado” foi o primeiro instrumento atrelado a eletricidade já criado e foi produzido somente um protótipo por volta de 1750. Alguns historiadores acreditam que ele foi vendido em Viena após a morte do monge em 1765 e nunca acharam nem mesmo seus projetos. Apesar do pouco material sobre a real cara do “Dionísio dourado”, sua invenção e importância no desenvolvimento de instrumentos musicais foi muito significativa.

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