Sinapse por Gi Maradei, 14/05/2010

Quem não desconfia daquele lançamento super inovador e escolhe esperar a reação dos outros compradores antes de realmente investir o seu dinheiro naquele produto? E quem não se orgulha de ter feito isso quando o produto sofre pequenas modificações por conta de problemas que a empresa não previu,  mas que aparecem com o uso mais freqüente. Pois foi pensando nisso que surgiu na Austrália o conceito de Sample Lab, uma loja que permite que consumidores testem gratuitamente e opinem sobre diversos produtos, antes que eles cheguem nas prateleiras. A idéia já foi comentada pelo Newronio em 2009 , e esta chegando no Brasil cercada pelas expectativas das multinacionais que já são parceiras do projeto em Tóquio (primeira cidade a colocar em prática o modelo australiano) e que tem assistido resultados pra lá de satisfatórios.No modelo brasileiro, os clientes poderão levar para casa produtos de até R$ 100, além de experimentar na própria loja, qualquer outro item que ultrapasse esse valor. Após a experimentação os consumidores respondem a uma pesquisa online que concerteza colaborará para com a previsão daqueles pequenos acertos que muitos lançamentos demandam, e que muitas vezes decepcionam os viciados em produtos recem lançados, além  de fornecer a empresa um feedback feito pelo próprio consumidor antes mesmo dela encher as pratileiras.

O feedback dos clientes permite acumular pontos em um programa de fidelidade, que pode gerar vantagens e prêmios. Para ter acesso aos produtos gratuitos é cobrada uma taxa simbólica anual de R$ 15. As visitas à loja física da Sample Central serão agendadas pelo website da empresa e são ilimitadas, desde que não ultrapassem uma por dia.

Seguindo a receita de sucesso do Japão será criada uma rede social virtual que conectará determinada marca com seu consumidor durante todo o processo evolutivo do produto: da concepção e investigação de insights de consumo ao seu lançamento no mercado. Dessa forma é criado um laço muito mais profundo entre o cliente e o produto fazendo com que os índices de compra e de fidelização aumentem consideravelmente, afinal se comprar algo que alguem que você conhece diz que é bom já é mais facil, comprar algo que você mesmo já experimentou e viu que é bom é quase um desejo incontrolável.

Em Tóquio 76% das pessoas que experimentam o produto na loja se tornam consumidoras efetivas quando esse item chega ao mercado e entre os que visitam a loja e levam os produtos para casa, 94% respondem ao questionário online, o que justifica a animação não só das grandes empresas como disse acima mas também dos sócios do projeto que incluem desde Celso Loduca e  a agencia Bullet até o IBOPE.

Twittando: @NewronioESPM @GiMaradei