Em busca de um pop cada vez mais autônomo, vemos bandas como Brockhamptom, que convergiram muitos produtores em um só lugar, tendo um trabalho de qualidade em som e imagem. Nessa independência encontramos o beat sci-fi de Oyinda, junto a uma voz aveludada e contínua. Imergimos num futuro não tão distante, monocromático e frio, assim como todos os seus clipes. Uma mulher negra, londrina e independente, que traz ao mundo uma nova forma de arte.

Oyinda buscou inspiração em extremos muitos claros para sua evolução, carregando desde Whitney Houston até SZA e Moses Sumney. A densidade de suas músicas se fundem no clássico R&B e criam uma aura muito além de qualquer coisa que já ouvimos. Sua atmosfera se mostra muito clara apenas pelo som, tornando seus vídeos apenas uma representação do que já havíamos imaginado.

Em entrevista ao Dazed.com, Oyinda revela ser apaixonada pelo mundo do sci-fi. Os elementos futurísticos não foram criados conscientemente, mas já fazem parte do seu processo de criação, e fluem junto à sua composição musical. Nesse momento devemos agradecer pela complexidade do cérebro humano.

O som hipnótico torna fácil ouvi-la por um dia inteiro. Um grave metálico e a suavidade de sua voz revelou mais uma artista ao mundo. Seja bem vinda Oyinda.

eu causei desgosto pro enem, mas to aqui.