Toda semana algum filme de terror está em cartaz, provavelmente devido à facilidade da produção e quanta bilheteria eles geram. No entanto, a maioria deles usam e abusam de sustos, aquele palhaço que pula na tela do nada enquanto o som estoura. A triste realidade do gênero de terror hoje é que ele visa apenas assustar o espectador ao invés de criar tensão e medo. Mas qual seria a diferença entre um bom susto e um ruim?

Um bom susto não está lá só com o propósito de surpreender quem está assistindo, ele visa criar suspense, deixá-lo grudado no assento, sabendo que a qualquer momento o inesperado pode acontecer. Dessa maneira, até os momentos onde nada ocorre são enervantes.

Para que sustos funcionem eles precisam ser alimentados antes, além de pouco frequentes. Algo que pode tornar um filme muito mais assustador é justamente alimentar um susto que acaba não ocorrendo, assim ele nunca se torna previsível. É o suspense que nem sempre é correspondido, mas quando ele é, o resultado é muito melhor. Obviamente, também é sempre bom evitar clichés.

Já por outro lado, a originalidade. O susto não existe sempre para apenas assustar, quando bem usado ele pode construir personagens ou até mesmo revelar pontos importantes ao enredo.

Não é só terror que assusta. Aliás a maioria, não assusta nesse nível. Parece que as obras são feitas para os sustos, por isso existem filmes como Ouija, Annabelle ou Poltergeist (o remake, lógico). Quando o filme é feito para causar tensão, dar medo e consequentemente assustar, ele funciona.

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