Games

A beleza existencialista e caótica de “Everything”

By Marcello Miyake

March 29, 2017

Parte da beleza do mundo se concentra na infinita complexidade de todas as coisas. Como uma série de eventos aleatórios criaram lindas espécies e paisagens em um planeta qualquer em meio ao todo o caos do universo? Quantos organismos compõem um corpo ou uma planta? Como disse o filósofo Alan Watts, não importa onde estamos ou quem somos, estamos sempre no meio. Sempre haverá algo “maior” ou “menor”. Esse é o jogo. Literalmente.

O desenvolvedor David O’Reilly (responsável também por “Mountains”) parte da premissa existencialista e cria um game completamente novo, no qual podemos ser absolutamente tudo. Começamos com a espécie, lugar e tempo aleatórios. A partir disso, o jogador tem a liberdade de terminá-lo com o mesmo ser ou transitar entre organismos diferentes, podendo se tornar desde bactérias até sistemas solares e galáxias.

O conceito filosófico nos mostra como os organismos estão interligados, como se todos fôssemos parte da composição de algo muito maior. A combinação de espécies e ambientes criam uma imersão profunda, repletas de possibilidades.

“Everything” segue a corrente de “jogos para refletir” (como Journey, Limbo e Stanley Parable) e atualmente está disponível para o PS4 e chega ao PC no próximo mês.