Quem gosta de música costuma saber exatamente quem toca cada instrumento de suas composições favoritas. Alguns nomes acabam maiores que isso, sendo reverenciados como gênios ou mesmo lendas da música.
The Doors, Beach Boys, Frank Zappa, Simon & Garfunkel, Ray Charles… Esses são algumas dessas lendas, tendo influenciado gerações ao longo de suas (por vezes curtas) carreiras.
Alguns nomes um pouco menos conhecidos, mas cuja obra não pode ser menosprezada são o de grandes produtores, responsáveis por grande parte do sucesso e da qualidade das músicas de que gostamos. Dentre os maiores produtores da história, não há como não citar Phil Spector e Quincy Jones, produtor dos Beatles e de Michael Jackson, respectivamente (sentiu o nível dos caras?).
Mas uma classe muito especial de profissionais da música recebe pouca ou nenhuma atenção pelo incrível trabalho que fazem: músicos de estúdio. São os verdadeiros intérpretes que ouvimos nos albuns, muitas vezes são também os compositores desta ou daquela linha melódica que gostamos tanto.
Dentre tantos músicos que merecem reconhecimento, um nome merece especial atenção: Carol Kaye.
O motivo? Sabe todos esses nomes de gigantes que citamos até agora? São apenas alguns com quem a moça trabalhou. Das linhas de baixo de Pet Sounds, tidas por Paul McCartney como sua maior inspiração para seu modo de tocar, ao tema de Missão Impossível, a história do Rock e das trilhas sonoras de seriados devem muito a ela.
Nascida em 1935 (apenas 4 anos depois da nossa querida Palmirinha), Carol Kaye impressiona tanto por sua prolífica e duradoura carreira, são mais de 10.000 sessões de gravação ao longo de 55 anos, bem como por ser uma mulher em um ambiente predominantemente masculino até os dias de hoje.
Comumente enfrentando preconceito por parte de seus colegas do sexo masculino, afinal na década de 60 uma mulher independente trabalhando com músicos de rock era algo um tanto incomum, Carol é descrita por muitos como implacável: era capaz de calar seus “inimigos” em qualquer troca de “gentilezas”. Mas na maioria dos casos, sua habilidade técnica e senso musical já eram suficientes para calar a todos.
Além de seu incrível e extenso trabalho de estúdio, Carol dá aulas de música há quase 50 anos (sendo uma das pioneiras em videos tutoriais nessa área) e escreve para publicações especializadas há pelo menos 15 anos.
Há alguns anos houve uma proposta para se realizar um documentário sobre ela, o trailer/proposta era este aqui:
Em 2013 foi então produzido um documentário sobre Carol, trazendo enfim para os holofotes essa história tão interessante e diferente de quase todas que já vimos.
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